SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

INCIDÊNCIA DE NASCIDOS VIVOS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2012 A 2022

William Wallace Cordeiro dos Santos, Gláuber Arthur Vieira dos Santos, Fernando Maia Coutinho, Michele Nascimento Assad, Talles Levi Pereira Nogueira, Andréia Di Paula Costa Melo, Samarah Pinheiro da Silva Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - BELÉM - PARÁ - BRASIL

Introdução: As doenças cardíacas congênitas (DCC) representam uma anormalidade estrutural do coração ou dos grandes vasos, tendo origem embrionária. Causam grande impacto na qualidade de vida, manifestações clínicas e no prognóstico desses pacientes. Além disso, estima-se que 80% dos nascidos com essa condição precisarão de cirurgia cardíaca, contudo, cerca de 13 mil crianças não recebem tratamento apropriado devido, provavelmente, a subnotificação e subdiagnóstico. Logo, o objetivo deste trabalho foi analisar a incidência de nascidos vivos com cardiopatias congênitas no Brasil, no período de 2012 a 2022.

Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, descritivo, baseado em dados sobre Nascidos Vivos- desde 1994, tabulados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados analisados correspondem ao período de 2012 a 2022, com buscas sobre “Nascidos vivos” e “Anomalia ou defeito congênito em Nascidos Vivos”, de ambos os sexos, em buscas estratificadas por região geográfica do país.

Resultados: Entre 2012 e 2022, houve um total de 31.351.324 nascidos vivos no Brasil, sendo a maioria da Região Sudeste com 12.250.802 nascimentos (39,07%), seguida da Região Nordeste com 8.834.845 registros (28,18%). Desse total de nascidos vivos, 2.913 foram diagnosticados com doenças cardíacas congênitas (0,009%), com evidente crescimento de casos notificados ao longo do período: 2012 houveram 151, 2017 foram 279 e 2022 com 387 notificações. Nesse sentido, nota-se um predomínio de diagnósticos de DCC na Região Sudeste, especialmente a partir de 2020, com 91 casos a mais que em 2019 (aumento de 60%). Assim, o estado de São Paulo foi o que mais registrou recém nascidos com anomalias cardíacas, com 1.349 notificações (46,30% dos casos no país), seguido de Minas Gerais com 231 (7,92%) e Rio Grande do Sul, com 220 casos (7,55%). Dentre os estados com menores registros de DCC, durante o intervalo de tempo observado, estão o Amapá, Roraima e Acre com 1, 3 e 4 casos, respectivamente. 

Conclusão: Observou-se uma tendência de crescimento no diagnóstico de doenças cardíacas congênitas durante o período analisado, com o dobro de registros em 2022 quando comparado com o ano de 2012. Ademais, evidenciou-se que a Região Sudeste teve o maior número de casos notificados, com o estado de São Paulo na liderança, contrapondo com a Região Norte, com as menores taxas de DCC, provavelmente devido a maior densidade de nascidos vivos, ao melhor acesso as tecnologias diagnósticas e serviços de saúde no sudeste do país em comparação com as demais regiões.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024