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Perfil clínico epidemiológico e diferenças por sexo de pacientes com doença arterial coronariana precoce submetidos a CRM isolada

Byron Mauricio Sanchez Andino, Paulo Eduardo Ballvé Behr, Ximena Alejandra Celi Loaiza, Edyane Cardoso Lopes, Yessenia Yadira Sanchez Andino, Gabriel de Paula Alvez, Ronald Daniel Galarza Iza, Artur Elias Dal-Bo, Irina Maria Ayala Lopes, Caroline Ferreira Pinto
HOSPITAL SÃO FRANCISCO – UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE - - RS - BRASIL

 

 

 

 

 

Fundamento: Nos últimos anos tem aumentado a prevalência de pacientes jovens com (DAC) doença arterial coronariana. Na literatura, o tabagismo, a dislipidemia, o histórico familiar de DAC precoce e em menor frequência, a hipertensão e a diabetes são os fatores de risco tradicionais associados a esta doença. Estudos recentes, no entanto, sugerem que outros fatores de risco podem ser importantes neste grupo populacional. Objetivo: Descrever as características demográficas, clínicas, angiográficas das coronárias e as diferenças por sexo dos pacientes com DAC precoce que foram submetidos à CRM (cirurgia de revascularização miocárdica) isolada. Métodos: Estudo transversal descritivo com análise dos prontuários de 275 pacientes com DAC precoce (≤ 55 anos), submetidos à CRM isolada em um hospital especializado em cardiologia de Porto Alegre. Foram coletadas informações sobre as características demográficas, fatores de risco e angiografias coronárias.  Os dados foram analisados usando o Programa Estatístico para as Ciências Sociais (SPSS), versão 20. As variáveis contínuas foram apresentadas como médias e desvio padrão e as categóricas como número absoluto e proporções. Resultados: Dos 275 pacientes, a idade média foi 48.8 ± 4,9 anos, 72% (198) eram homens e 28% (77) mulheres, 229 pacientes tiveram IMC ≥ 25 kg/m² (43,6% sobrepeso e 37,5% obesidade), 77,8% (214) hipertensão, 68,7% (189) dislipidemia, 160 apresentaram  transtornos na glicemia (17,8% Pré-diabetes e 40,4% diabetes). Dos 275 pacientes com registro no prontuário de tabagismo,  65,5% eram tabagistas (30,6% ex tabagistas e 34,9% fumantes ativos) e 56,7% (156) pacientes tinham  histórico familiar  de DAC precoce. Oito (2,2%) pacientes apresentavam doenças reumatológicas associadas e a angiografia coronária mostrou que 55,6% (153) tiveram doença triarterial, sendo em 97,8% (269) a ADA (artéria descendente anterior) doente. Os resultados indicaram uma diferença significativa entre homens e mulheres em relação à prevalência da hipertensão (73,2% vs 89,6%, p = 0,003) e da pré-diabetes e diabetes (53,5% vs 70,1%, p = 0,012). Conclusão: A prevalência de DAC precoce foi de 15%. Parece ser que os fatores de risco tradicionais estariam envolvidos na DAC precoce aterosclerótica, sendo o IMC ≥ 25 kg/m² o fator de risco mais prevalente. Os resultados também mostraram uma diferença significativa entre homens e mulheres em relação à prevalência de hipertensão, pré-diabetes e diabetes, sendo estes fatores de risco mais prevalentes nas mulheres. 

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