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Troponina T em mulheres com e sem diabetes gestacional

Tairova, E.S, Rezende, P.C, Madi, J.M, Selistre L, Rahmi, R.M
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - - RS - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

TROPONINA T EM MULHERES COM E SEM DIABETES GESTACIONAL 

Introdução: O estresse metabólico, devido a hiperglicemia, leva a liberação de troponina, um importante marcador de injuria miocárdica. Escassos estudos mostraram maior liberação desse marcador em gestantes com diabetes mellitus (tipo 1 e 2) e diabetes gestacional (DMG). Esse estudo avalia a liberação da troponina T (TnT) a partir do 2º trimestre gestacional até o puerpério, em gestantes com e sem diagnostico de DMG.

Método: Estudo longitudinal descritivo em mulheres com e sem DMG. Amostras de sangue para análise de TnT foram coletadas após teste oral de tolerância a glicose (75g) no 2º trimestre gestacional / inclusão (Tempo-T0), no pré-parto (T1) e no pós-parto (T2). Quarenta e três gestantes foram alocadas no grupo sem DMG (Controle) (n=21) e com DMG (n=22).

Análise estatística: Para modelar a associação entre TnT e T e, as diferenças entre os grupos, utilizou-se análise de regressão quantílica. Considerou-se a TnT como variável dependente; T (0, 1 e 2) e Grupos como variáveis independentes. Intervalos de confiança para cada parâmetro foram estimados.

Resultados: Análise basal da população mostrou maior prevalência de HAS no grupo DMG (33,3%) comparado ao controle (4,7%) (p<0,01). Índice de Massa Corporal (IMC) foi ligeiramente mais elevado no grupo DMG, embora sem diferença significante (p=0,05). A HbA1c apresentou aumentos progressivos em ambos os grupos ao longo da gestação, mais evidente no grupo DMG. (Tabela 1). As análises de regressão quantílica revelaram associação significante entre a TnT e os tempos durante a gestação. Para T0, o coeficiente estimado foi de 0.00400 (IC 95%: 0.0023 - 0.0057), indicando uma associação positiva entre o T0 e TnT. No entanto, para T1 foi de 0.00100, IC 95%: -0.0001 - 0.0021) e T2 foi de: 0.00100, IC 95%: -0.0002 - 0.0022), sem associações significativas. Além disso, análise de diferenças entre os grupos de gestantes mostrou   coeficiente estimado para o grupo DMG de -0.00100 (IC 95%: -0.0022 - 0.0002), sugerindo uma possível associação negativa entre esse grupo e níveis de TnT, porém essa associação não mostrou significância estatística (p = 0.10861). (Figura 1)

Conclusões:   Os resultados parciais desse estudo sugerem que o comportamento da troponina durante a gestação e no pós-parto estudado, foi semelhante em gestantes com e sem diagnostico de DMG. Todavia, observa-se aumento desse marcador cardíaco a partir do 2º trimestre gestacional, independente do estado glicêmico.

 

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