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Por quanto tempo dura o efeito biológico do Diodo Emissor de Luz (LED) em Células-Tronco Mesenquimais Derivadas do Tecido Adiposo?

Vítor Pocani da Rocha, Barbara Sampaio Dias Martins Mansano, Carolina Fernanda Chaves dos Santos, Ighor Luiz Azevedo Teixeira, Helenita Antonia de Oliveira, Stella de Sousa Vieira, Ednei Luiz Antonio, Maria Cristina de Oliveira Izar, Francisco Antonio Helfenstein Fonseca, Andrey Jorge Serra
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL, UNINOVE - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A terapia com células-tronco mesenquimais (CTMs) é uma ferramenta promissora para o tratamento de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares. O tecido adiposo é uma rica fonte de CTMs, que exibem propriedades semelhantes às derivadas da medula óssea, mas com vantagens como maior produção de fatores de crescimento e facilidade de extração. A ação terapêutica das CTMs envolve mecanismos parácrinos mediados por citocinas e fatores de crescimento. A fotobiomodulação (FBM), particularmente com diodos emissores de luz (LED), tem sido sugerida para potencializar os efeitos parácrinos das CTMs. No entanto, o impacto da frequência do LED e da duração dos efeitos biológicos nas CTMs ainda não está claro. Métodos: O estudo avaliou a duração dos efeitos do LED em células-tronco derivadas do tecido adiposo (CTMAs) in vitro. CTMAs foram obtidas de ratos (no. 4710050520) e irradiadas com LED a cada 48 horas. Análises de viabilidade celular, secreção de citocinas inflamatórias, fatores de crescimento e marcadores de estresse oxidativo foram realizadas 6, 12, 24, 48 e 72h após o protocolo de irradiação. Os grupos controle foram mantidos no escuro pelo mesmo período. Resultados: A irradiação com LED afetou significativamente a viabilidade celular, com aumento observado após 24h. A secreção de IL-6 e VEGF aumentou após 12 e 24h, enquanto a secreção de IL-10 diminuiu. Os níveis de nitrito, indicativos da liberação de óxido nítrico (NO), aumentaram. Os marcadores de estresse oxidativo permaneceram estáveis.Os achados sugerem que a irradiação com LED melhora a proliferação e a atividade parácrina das CTMAs, com possíveis implicações para a eficácia terapêutica. A maior secreção de IL-6 e VEGF pode contribuir para a reparação tecidual e angiogênese. A liberação de NO após a irradiação apoia ainda mais as respostas celulares benéficas. A irradiação com LED não induziu estresse oxidativo nas CTMAs, sugerindo sua segurança. Conclusão: Achados in vitro sugerem que 24h após a irradiação com LED é o momento ideal para empregar CTMAs para fins terapêuticos, considerando a atividade parácrina e a proliferação aprimoradas observadas neste momento. A irradiação também demonstrou segurança e eficácia para modular a função das CTMAs. Mais estudos são necessários para validar esses achados em configurações clínicas.

Processo FAPESP (#2020/12547-8) e CNPq (#306385/2020-1).

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