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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Índice de massa corpórea e fibrilação atrial como preditores de desfecho cardiovascular em pacientes com Insuficiência Cardíaca de Fração de Ejeção Preservada

Silva, RRP, Montenegro, MV, Peres, CAP, Henriques, MNP, Ferreira, MEXC, Magalhães, CJ, Silva, RSV, Montenegro, CEL
Hospital Universitário Oswaldo Cruz - Recife - Pernambuco - Brasil

Introdução: As doenças cardiovasculares representam hoje em todo o mundo a principal causa de mortalidade, sendo o sobrepeso e a obesidade importantes fatores de risco independentes. O índice de massa corpórea (IMC) elevado, no entanto, foi relacionado a uma menor mortalidade isolada entre pacientes portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEp), caracterizando o “paradoxo obesidade”. A fibrilação atrial (FA), arritmia sustentada mais comum, é um preditor independente de morbidade na população com ICFEp. Estudos voltados para avaliação prognóstica de pacientes com ICFEp são necessários para compreensão das particularidades dessa síndrome. Este estudo buscou compreender a correlação entre os índices de massa corporal (IMC) e fibrilação atrial como fatores prognósticos cardiovasculares nessa população. Métodos: Coorte retrospectiva que incluiu 165 pacientes maiores de 18 anos admitidos em serviço terciário de referência por descompensação de ICFEp, no período de um ano, após definição de alto risco pelo score H2FPEF. O estudo foi submetido à avaliação prévia do comitê de ética institucional. Os valores de IMC foram classificados conforme referência da Organização Mundial de Saúde de 2007. Foram avaliados índices de óbitos, tempo de internamento e taxa de reinternamento, sendo estes parâmetros associados a IMC conforme faixa de classificação e a presença ou não de FA. A associação significativa entre os dados categóricos foi realizada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson, com significância determinada por valor de p <0,05. Resultados: A presença de FA foi associada de forma estatisticamente significativa a aumento de mortalidade, quando comparada a pacientes com ICFEP sem FA (RR 1.8; IC95% 1.1 a 3.1; p=0,024). O parâmetro numérico do IMC não foi associado de forma significativa a maior mortalidade em nenhum estrato, mesmo considerando todos aqueles com sobrepeso e obesidade versus IMC normal. O tempo de internamento prolongado (Definido por estratos como >15 dias ou >30 dias) e a taxa de reinternação em um ano não tiveram associação com FA ou presença de sobrepeso ou obesidade.Conclusões: A presença de FA em pacientes internados com ICFEP pode ser considerada como um fator de mau prognóstico, estando relacionada neste estudo à maior mortalidade com relevância estatística. A presença ou não de sobrepeso ou obesidade não teve relação significativa com os desfechos analisados neste estudo, o que vai ao encontro dos dados vigentes na literatura, sendo uma limitação deste trabalho, no entanto, a amostra pequena de pacientes.

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