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RELAÇÃO DO DÉFICIT DE FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA E DE CAPACIDADE FUNCIONAL COM OS DESFECHOS PÓS OPERATÓRIOS DE CIRURGIA CARDÍACA: VALVOPLASTIA E TROCA DE VALVA

Victoria Walz, Amanda Silva Cechetto, Monique Marques da Silva, Bruna de Souza Freitas
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: As doenças valvares estão entre as principais causas de morte do mundo, tendo como sua via final a insuficiência cardíaca e consequente declínio funcional. Além disso, as cirurgias cardíacas, principal tratamento para doenças valvares, podem trazer diversas complicações pós-operatórias, tendo como um de seus fatores de risco o estado funcional do indivíduo no período pré-cirúrgico. Objetivo: Relacionar a prevalência de déficit de força e funcional no pré-operatório com o tempo de intubação orotraqueal, de internação em UTI e de internação hospitalar total, além de relacionar com a ocorrência de complicações pós-operatórias. Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa e trata-se de um estudo descritivo e transversal. Foram avaliados indivíduos maiores de 18 anos de ambos os sexos internados para serem submetidos a cirurgia de troca ou plastia valvar. Os indivíduos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e foram classificados pela escala NYHA de acordo com a gravidade dos sintomas e passaram pelo protocolo de avaliação dividida em avaliação motora por meio do teste de força de preensão palmar utilizando o dinamômetro, e avaliação da capacidade funcional pelo teste de caminhada de 6 minutos. Foram coletadas também as seguintes informações do prontuário eletrônico: tempo de intubação orotraqueal, tempo de internação na UTI, internação hospitalar e intercorrências pós-cirurgia, se houver. Resultados: A amostra final foi composta por 33 participantes, de ambos os sexos, adultos (média de 56 anos) e com maior acometimento de válvula mitral (n=25; 76%). A maioria dos participantes (n=21; 64%), apresentou algum tipo de déficit, seja de força, funcional, ou ambos. Apesar de não haver, na maioria das variáveis, uma diferença estatística significativa, houve uma diferença numérica com significância clínica onde tanto o grupo com déficit de força, como o grupo com déficit funcional e o com NYHA mais alta ficaram mais tempo sob IOT (média de 1,5 dia), mais tempo na UTI (média de 4 dias) e tiveram mais tempo de internação total (média de 9 dias). Não houve diferença na prevalência de complicações entre os grupos. Conclusão: Os pacientes mais sintomáticos de acordo com a NYHA, com maior déficit de força e déficit funcional no período pré-operatório apresentam maior tempo de intubação, maior tempo de internação em UTI e maior tempo de internação hospitalar total.

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