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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeitos tardios da COVID-19 sobre o controle autonômico cardiovascular de homens normotensos

Ana Catarine Veiga, Anna Landucci, Naiara Chinellato, Giulia Vitória Andrade, Maria Eduarda Lodder, Alana Severino, Hugo Celso Dutra de Souza
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

Introdução: A infecção por SARS-CoV-2 provoca inflamação sistêmica com diferentes níveis de gravidade e acometimentos secundários e tardios. Entre os possíveis desfechos, suspeita-se da ocorrência de prejuízos autonômicos, os quais podem comprometer a homeostase cardiovascular, aumentando a susceptibilidade ao desenvolvimento e/ou agravamento de doenças cardiovasculares. Objetivo: Investigar os efeitos tardios sobre parâmetros autonômicos cardiovasculares, com ênfase na modulação autonômica cardiovascular e na sensibilidade barorreflexa. Métodos: 50 homens (35 a 55 anos) sedentários, não pertencentes aos grupos de risco para desfechos adversos da COVID-19 foram divididos em dois grupos: grupo acometido pela COVID-19 há mais de 6 meses e que desenvolveram a forma leve da doença (N=22); e grupo controle/ou assintomático (N=28). Todos os participantes foram submetidos aos seguintes procedimentos experimentais: antropometria, registro dos parâmetros hemodinâmicos, avaliação da aptidão cardiorrespiratória por meio do teste cardiopulmonar, análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e pressão arterial (VPA) e avaliação da sensibilidade barorreflexa espontânea (SBR). Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação às características antropométricas e ao VO2pico, no entanto, o grupo COVID apresentou maior pressão arterial sistólica (123 ± 12 vs 117 ± 8 – p = 0,048). Quanto à avaliação da VFC, a análise linear não mostrou diferenças entre os grupos. Da mesma forma, alguns métodos não lineares, como a análise simbólica, gráfico de Poincaré e as análises de tendências de flutuações também não apontaram diferenças entre os grupos. Por outro lado, a análise das entropias mostrou que o grupo COVID-19 apresentava maiores valores de entropia aproximada (1,48 ± 0,12 vs 1,29 ± 0,09 – p<0,001) e de entropia de amostra (1,75 ± 0,17 vs 1,61 ± 0,20 – p = 0,003). Ademais, não houve diferenças entre os grupos na análise da VPA e da SBR. Conclusão: Os resultados sugerem que a infecção por SARS-CoV-2 não causa impactos à VPA e SBR. No entanto, houve aumento da aleatoriedade e da imprevisibilidade da VFC (Processo FAPESP 2022/02006-5 e 2022/11181-5).

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