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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A trombólise química imediata na fibrilação ventricular no paciente com dor típica e padrão sul-africano eletrocardiográfico.

Andre dos Santos Cleto, Michel Jorge Cecílio, Anne Beatriz da Cruz, Felipe Matheus Rossi Vieira, Fernanda Marcelina Cunha, Moniele Storti Marcolino Rodrigues, Nicolle Moreira, Victor Hugo Mendes Amaral
Hospital Augusto de Oliveira Camargo - Indaiatuba - São Paulo - Brasil

Introdução: O padrão sul-africano (PSF) eletrocardiográfico está relacionado a uma oclusão arterial aguda (OAA) da primeira diagonal (DG1) com achados compatíveis com um infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Este relato de caso visa destacar a importância do reconhecimento do padrão eletrocardiográfico na reversão de uma parada cardiorrespiratória (PCR) por meio de trombólise.

Relato de caso: Paciente feminino, 37 anos, portadora de hipertensão arterial e obesidade grau II, tabagista, acolhida em unidade de emergência relatando intensa dor torácica em região precordial, tipo aperto, com irradiação para membros superiores, iniciando-se há 6 horas, com piora na última hora, além de mal-estar geral e dispnéia. Ao exame físico, pressão arterial 110x80 mmHg, frequência cardíaca de 91 batimentos por minuto, saturação de 98% em ar ambiente; sem alterações à ausculta cardíaca e ausculta pulmonar apresentando estertores crepitantes em bases. Realizado eletrocardiograma, que evidenciou supradesnivelamento do segmento ST nas derivações DI, aVL, V2 e V3, além de infradesnivelamento de tal segmento em DIII e aVF, compatível com o PSF, que sugere uma OAA da DG1. Então, paciente monitorizada em leito de emergência evolui com PCR em ritmo de fibrilação ventricular. Retorna a circulação espontânea após 9 minutos em vigência de trombólise, após 3 desfibrilações elétricas e demais manobras protocolares. Na sequência, optado por via aérea definitiva e transferência para centro de terciário para realização de cineangiocoronariografia, a qual evidenciou ateromatose com redução luminal de 50% no terço proximal da artéria descendente anterior, além de não haver lesões descritas em ramos diagonais; optado então por tratamento conservador. Posteriormente, paciente realizou ecocardiograma transtorácico, que constatou hipocinesia basal antero-septal e basal infero-septal, definindo disfunção sistólica segmentar leve de ventrículo esquerdo com fração de ejeção preservada (67,4% por Simpson). Assim, paciente recebeu alta hospitalar para seguimento ambulatorial em uso de dupla antiagregação plaquetária, além de estatina de alta potência, enalapril e carvedilol.

Conclusão: Destaca-se a importância de se reconhecer a síndrome de dor torácica associada ao padrão eletrocardiográfico para definição de conduta, principalmente num serviço sem disponibilidade imediata de estudo invasivo, mostrando, assim, o papel da trombólise como peça fundamental no impacto da mortalidade imediata.

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