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Balão intra-aórtico axilar em pacientes com insuficiência cardíaca: elaboração de uma diretriz institucional de reabilitação cardíaca progressiva baseada na observação de uma série de casos.

Nery RC, Inoue AS, Frungillo DV, Ribeiro LM, Souza BSJ, Silva AMPR, Lage SHG, Abud KCO, Ianotti RM
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: o balão intra-aórtico é um suporte circulatório mecânico que pode ser utilizado para recuperação ou ponte para o transplante cardíaco. Seu sítio de inserção mais frequente é a artéria femoral, implicando em restrição do paciente ao leito e deterioração do seu status funcional, sendo este um fator prognóstico que impacta na mortalidade. A utilização do sítio axilar permite a realização de testes funcionais, a prescrição de exercícios físicos fora do leito e a deambulação. Não há descrição de um programa de reabilitação cardíaca específico para este perfil de pacientes. Objetivo: elaborar uma diretriz institucional de assistência fisioterapêutica para a reabilitação motora de pacientes com BIAo axilar, baseada na análise retrospectiva de uma série de casos e da revisão da literatura disponível. Método: este é um estudo observacional e retrospectivo, com busca ativa de registros em prontuário eletrônico do atendimento fisioterapêutico, no período de janeiro a outubro de 2023. Resultados: A inserção axilar foi realizada em 12 pacientes, as condutas fisioterapêuticas fora do leito foram possíveis em 8 pacientes e em 60% dos atendimentos totais (n= 394). As mais frequentes foram a sedestação em poltrona (49%), ortostatismo (41,3%), deambulação (40%), exercícios resistidos (42%) e cicloergometria (24%), com o uso frequente das escalas ICU Mobility Scale (IMS, 70%) e Medical Research Council(MRC, 64%) e relatados 4 eventos adversos (1%). Com base nestes dados, foi elaborada uma diretriz assistencial de reabilitação cardíaca específica, organizada em 4 fases progressivas com alocação inicial e progressão definidas pelos escores da IMS e MRC (Fig. 1). Sugerimos, a prescrição individualizada de exercícios baseada no teste de de 10 repetições máximas e a monitorização de intensidade pela escala de esforço referido de Borg e OMNI-RES (Omnibus Resistance Exercise Scale). Para acompanhar a evolução intra-fase, o Short Physical Performance Battery (SPPB), Teste de Marcha Estacionária de 2 minutos (TME2’) e a força de preensão palmar (FPP). Conclusão: a observação da prática assistencial demonstrou que é viável implementar um programa de reabilitação cardíaca para este perfil de pacientes. A avaliação do comportamento hemodinâmico, de eventos adversos e do efeito desta diretriz precisam ser avaliados por estudos observacionais e ensaios clínicos controlados.

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