Objetivos: analisar o uso do suporte de mama na incidência da dor, infecção e qualidade de vida em mulheres após a cirurgia de revascularização do miocárdio.
Método: dividiram-se, aleatoriamente, as mulheres em três grupos: grupo A (suporte de mama cirúrgico); grupo B (suporte de mama comum) e grupo C (sem suporte). Observações iniciadas entre o segundo e o sétimo dia pós-operatórios, diariamente, e em 30, 60 e 180 dias. Estatística - análise de variância ou teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Utilizado o SPSS para Windows, com p< 0,005.
Resultados: em um total de 190 mulheres, a avaliação da dor não apresentou diferença significativa entre os grupos. Na comparação da qualidade de vida, observou-se diferença significativa no domínio Capacidade Funcional, sendo o grupo A (p<0.005) com melhor capacidade funcional. Foi observado que quanto maior o tamanho do busto maior o tempo de internação e maior a probabilidade de ocorrência de infecção. As pacientes com histórico de acidente vascular cerebral prévio (AVC PR) apresentaram chances 3,8 (IC a 95%: 1,07; 13,70) vezes maior de ocorrência de infecção do que as que não possuíam esse histórico.
Conclusão: o uso do suporte cirúrgico não teve impacto na melhora da dor pós-operatória, todavia, foi eficaz no domínio Capacidade Funcional (SF36) entre 30 e 60 dias. Não houve relação do uso do suporte cirúrgico com a taxa de infecção esternal entretanto o tamanho do busto relacionou-se com os aparecimentos de infecção e o tempo de internação.