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Perfil de pacientes atendidos em rede de infarto em hospital universitário que apresentaram sangramento

Paula Santiago Teixeira, Lucas Costa Guimarães, Jorge Marcelo Napoleon Medina Cabellos, Gabriela Menichelli Medeiros Coelho, Henrique Tria Bianco, Pedro Ivo De Marqui Moraes, Adriano Caixeta, Adriano H. P. Barbosa
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução:  o infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte mundial. Em 2017, ocorreram 126 milhões de infartos, levando à morte de 9 milhões de pessoas no mundo. A principal complicação do tratamento antitrombótico do infarto, são os eventos de sangramento. Mais de um quarto dos pacientes que são trombolisados apresentam episódios de sangramentos, e 20% necessitam de tranfusão sanguínea. A iniciativa BARC - Bleeding Academic Research Consortium foi criada, a fim de padronizar as definições de sangramento em intervenção coronariana primária e trazer uniformidade a análise desse evento adverso extremamente grave que piora o prognóstico dos pacientes. Sendo assim o objetivo foi avaliar o perfil de pacientes atendidos em rede de Infarto em Hospital Universitário que apresentaram sangramento.Metodologia: foram avaliados de forma retrospectiva pacientes atendidos na rede de infarto de Hospital Universitário no período de 2010 a 2020.Resultado: avaliados 3039 pacientes atendidos na rede de infarto com média de idade de 58 anos e sendo 70% do gênero masculino. Desses pacientes atendidos 92,8% apresentaram IAM com supra ST, 2,4% IAM sem supra ST e 1,3% angina instável. Na avaliação de classificação de Killip-Kimball na admissão, a maioria encontrava-se em Killip  I (81,5%) seguido de II (13,4%), III (1,9%) e IV (3,2%). O tipo de estratégia de reperfusão adotada em sua maioria foi a estratégia fármaco-invasiva (com ou stent) (64,3%), seguido de angioplastia de resgate (29,0%), angioplastia primaria (3,8%) e angioplastia eletiva (> 72 horas pós trombólise) (2,9%). Avaliada ocorrência de complicação ocorrida como: dissecção Coronária (20,9%), ruptura coronária (1,4%), reinfarto (7,6%), tamponamento (0,8%), no reflow (32,2%), acidente vascular hemorrágico (2,0%), hematoma perna / outro sangramento pequeno a moderado (38,1%) e hemorragia > 5g (16, 4,5%). Na avaliação de grau de Sangramento conforme a classificação de BARC tipo: 1 (62,0%), 2 (7,4%), 3A (18,1%), 3B (4,2%), Tipo 3C (8,3%), e  4, 5A ou 5B: 0 pacientes.Conclusão: o tratamento antitrombótico do infarto pode causar sangramento piorando o prognóstico dos pacientes. Entretanto, a maioria dos pacientes atendidos na rede de infarto encontravam-se em Killip I, a maioria evoluiu com sangramento menor BARC tipo 1.

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