O manejo odontológico envolvendo pacientes cardiopatas é um assunto que vem sendo estudado e atualizado a cada dia mais, com questionamentos como “deve-se suspender o uso de anticoagulantes e/ou antiagregantes para um tratamento” chegando mais próximo de obter soluções. Neste relato de caso, um homem de 59 anos apresentava a queixa “para consertar os dentes”. Na história médica, relatou ter 2 stents, nos últimos 5 anos; acompanhamento com cardiologista; uso de Aradois, Somalgin Cardio, Plaq e Plenance eze; sofrer de ansiedade e ser tabagista (40 cigarros/dia). Ao exame físico intraoral, revelou edentulismo parcial, doença periodontal leve e comprometimento de furca em molares. Na radiografia panorâmica foi constatada a fratura dentária no molar com envolvimento periapical. O planejamento proposto foi iniciar a terapia periodontal básica geral e exodontias com profilaxia antibiótica considerando risco para endocardite considerando a doença periodontal, seguindo o protocolo da American Heart Association, devido a terapia dual antiagregante plaquetária o uso de manobras hemostáticas locais, retratamento endodôntico de molar; instalação de implantes; restaurações e reabilitação protética na sequência. O objetivo deste caso clínico é discorrer sobre a interação multidisciplinar entre cirurgiões-dentistas e cardiologistas, somado aos estudos sobre o tema, os quais permitem a orientação correta para proporcionar segurança ao paciente bem como ao cirurgião-dentista antes, durante e depois dos procedimentos odontológicos.