Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte no mundo, representando 31% de todos os óbitos. O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) resulta da morte das células do músculo cardíaco, geralmente causada pela formação súbita e intensa de coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo. No Brasil, essa patologia é a principal causa de morte, com mais de 300 mil casos por ano. O IAM não apenas causa danos sérios ao corpo, mas também impõe limitações significativas nas áreas mental, social e profissional dos afetados. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da morbidade hospitalar por Infarto Agudo do Miocárdio em idosos no Brasil, em 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) no grupo dos indicadores morbidade hospitalar. Foram incluídos no estudo pacientes com mais de 60 anos, internados por Infarto Agudo do Miocárdio em território brasileiro no ano de 2023. As variáveis analisadas foram região, caráter de atendimento, faixa etária, sexo e cor/raça. Resultados e Discussão: Evidencia-se que a região Sudeste apresentou a mais elevada frequência de cenários, totalizando 49.414 atendimentos (19,27%). No que tange à tipologia da assistência, 88.501 (88,25%) foram classificados como urgentes. Em relação à faixa etária, a taxa mais alta de hospitalizações concentrou-se em indivíduos com idades entre 60 e 69 anos, somando 49.781 ocorrências (49,64%), seguido por 35.165 atendimentos na faixa etária de 70 a 79 anos. Na análise por gênero, observa-se que o sexo masculino foi mais impactado, totalizando 65.567 hospitalizações, em comparação com 39.905 no sexo feminino. Em relação à variável cor/raça, verifica-se que a população parda apresentou uma proporção significativa de ocorrências, com 47.529 internações. Vale ressaltar que os indivíduos brancos foram consideravelmente afetados, exibindo uma discrepância mínima, com 45.297 atendimentos. Conclusão: Neste estudo, delineou-se um quadro de hospitalizações vinculadas ao infarto agudo do miocárdio, evidenciando que o perfil epidemiológico é marcado por indivíduos do sexo masculino, de etnia parda, com idades entre 60 e 69 anos, residentes na região Sudeste e que recebem cuidados de forma imediata. Diante dessa constatação, destaca-se a necessidade urgente de implementar políticas públicas que enfrentem os fatores coadjuvantes e assegurem atenção à comunidade, especialmente àqueles mais impactados por essa condição.