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Reabordagem Cirúrgica em Valva mitral por Múltiplas Disfunções Protéticas: Relato de Caso

Alberto Rodolpho Hüning, Lívia Santos Silva, Vitor Emer Egypto Rosa, José Honório Palma de Almeida da Fonseca, Elinthon Tavares Veronese, Marcelo Luiz Campos Vieira, Roney Orismar Sampaio, Flávio Tarasoutchi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Faculdade de medicina Santa Marcelina - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução:  O implante de endoprótese mitral (valve-in-valve , v-in-v) tem se tornado frequente. Entretanto, complicações podem ocorrer como leak paravalvar, ou mesmo desinserção da prótese. Descrevemos raro caso de atrialização de endoprótese mitral (EPM) pós v-in-v. 

Relato de caso:

Homem de 56 ano foi admitido na emergência por insuficiência cardíaca descompensada perfil C. Antecedentes de hepatopatia e múltiplas trocas valvares mitrais (1985, 2005 e 2011), além de v-in-v em 2020 e, novamente em 2021 (por trombose da EPM)  Ao exame físico: ritmo cardíaco irregular,  sopro holossistólico 4+/6+ em foco mitral, estertores crepitantes em bases pulmonares, ascite e edema de membros inferiores 2+/4+. Ecocardiograma transesofágico (ETE) demonstrou fração de ejeção de 67%, EPM “atrializada”, com deiscência parcial e leak paraprotético importante (Figura 1). Gradientes AE-VE = 28 mmHg/ 7 mmHg (Figura 2). Associado, insuficiência importante e pressão sistólica em artéria pulmonar estimada em 105 mmHg. Evoluiu com piora clínica e choque cardiogênico. Apesar do alto risco cirúrgico (Euroscore II = 14),foi indicada nova cirurgia de resgate, com implante de bioprótese mitral e plástica da valva tricúspide, sem intercorrências. Análise anatomopatológica excluiu presença de endocardite infecciosa. Alta hospitalar com melhora clínica.

 

Conclusões:  Portadores de EPM podem ter complicações precoces ou tardias. O seguimento clínico e ecocardiográfico cuidadoso, associado a intervenção cirúrgica imediata permitiram a boa evolução clínica do paciente.

Figura 1: ETE: Disfunção de bioprótese mitral, com leak paraprotético importante na região ânterolateral.

Figura 2: ETE: Regurgitação de bioprótese mitral,  velocidade máxima do fluxo transprotético foi de 2,5 m/s (VR<1,9m/s)

 

 

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