Introdução: A diabetes é uma condição crônica caracterizada por elevados níveis de glicose no sangue devido à incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina. Segundo o Braunwald - Tratado de Doenças Cardiovasculares, os indivíduos com diabetes têm taxas duas a oito vezes maiores de futuros eventos cardiovasculares ocorrerem. O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com diabetes tipo 2 no estado de São Paulo e quais fatores de risco são os mais prevalentes. Métodos: O estudo em questão trata-se de uma análise epidemiológica descritiva a respeito do panorama epidemiológico dos pacientes acometidos por diabetes mellitus do tipo 2 no estado de São Paulo e quais fatores de risco são os mais prevalentes. Os dados analisados foram extraídos do banco informativo de saúde do DATASUS (TABNET) no período de 2002 a 2012. Resultados: Considerando dados coletados entre os períodos de 2002 a 2012 no município de São Paulo, nota-se uma diminuição considerável dos casos de diabetes tipo 2 ao longo dos anos, visto que em 2002 o número total foi de 73.880, e em 2012 reduziu para 3.797 casos, e que ao longo de todo esse tempo as mulheres foram mais acometidas. A faixa etária mostra que o grupo mais acometido são indivíduos entre 50 a 54 anos com 11.085 casos, e que as faixas etárias anteriores a essa, apresentam um padrão em crescente, e após atingirem esse auge no número de casos, esse padrão começa a ser decrescente até chegar aos 4.801 casos. Os fatores relacionados ao estilo de vida dos indivíduos com diabetes, nota-se que conforme o passar dos anos, o número de casos nesta população foi diminuindo. Os indivíduos sedentários foram de 6.623 para 1.856, os indivíduos com sobrepeso foram 6.135 para 1.485 e os tabagistas foram 2.622 para 672 casos. Conclusão: Conclui-se que a diabetes tipo 2 é um grande problema de saúde pública, se uma vez que um grande número de indivíduos são acometidos, principalmente as mulheres. Conclui-se também que os números de casos crescem até aos 54 anos, mas que após essa faixa etária apresenta uma curva decrescente. Quando analisados os fatores de risco e hábitos de vida, observa-se uma redução do impacto dos fatores de risco no desenvolvimento da doença, sugerindo assim a adoção de comportamentos mais saúde viés pela população diabética.