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Fístulas coronárias bilaterais para a artéria pulmonar diagnosticadas tardiamente: um achado raro e interessante no laboratório de cateterismo

Guilherme de Sousa Ferreira, Paula Santiago Teixeira, Julia Ferreira Rocha, Antonio Carlos Moreira, Júlia Rodrigues Lage, Jorge Marcelo Napoleon Medina Cabellos, Marcos Danillo P. Oliveira, Fernando Tavares, Adriano Caixeta, Adriano H. P. Barbosa
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: as anomalias das artérias coronárias (AAC) são alterações congênitas em sua origem, curso e/ou estrutura. A incidência de AAC é de 0,2 a 1,2% na população em geral. Embora a fístula da artéria coronária (FAC) seja uma anormalidade anatômica rara das artérias coronárias, afetando 0,002% da população geral, ela é uma das mais comuns entre as anomalias da artéria coronária e representa 14% de todas as anomalias das artérias coronárias.  Relato de caso: paciente de 74 anos, sexo feminino, ex-tabagista, hipertensa, dislipidêmica, diabética, portadora de doença renal crônica e doença arterial obstrutiva periférica. Encontrava-se assintomática em pré operatório de endarterectomia carotídea. Eletrocardiograma mostrou ritmo sinusal, bloqueio atrioventricular de primeiro grau e bloqueio de ramo esquerdo. Ecocardiograma transtorácico revelou fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 42% (Simpson) e hipocinesia septal médio-apical, hipocinesia médio-basal inferior e hipocinesia médio-basal posterior. Cineangiocoronariografia evidenciou a artéria coronária direita (ACD) com estenose grave no terço médio e demais artérias sem lesões obstrutivas. Foram visualizadas fístulas exuberantes em dois ramos iniciais da ACD para a artéria pulmonar e na artéria coronária esquerda (ACE) - da artéria descendente anterior e do ramo diagonal para a artéria pulmonar (Figuras A-F). Submetida a angioplastia da ACD com dois stents farmacológicos com sucesso. Conclusão: esse relato mostra uma interessante e rara fístula bilateral da artéria coronária com a artéria pulmonar. Enfatiza a importância de reconhecimento precoce pois a FAC pode se manifestar como angina, síncope, arritmias e até mesmo morte súbita.

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