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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO NO MONITORAMENTO DA NORADRENALINA PARA AJUSTE DE DOSE: ESTUDO TRANSVERSAL

RAQUEL DE MENDONCA NEPOMUCENO, FERNANDA DE PÁDUA SOARES, Ana Lucia Cascardo Marins, Flavia Giron Camerini , Andreza Serpa Franco
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

 Introdução: A noradrenalina sintética é uma vasoamina muito usada na terapia intensiva, com efeito dose dependente de ação rápida, e demanda constante vigilância para alcançar a meta terapêutica e evitar eventos adversos. O enfermeiro é o principal agente no monitoramento da resposta do paciente influenciando a titulação do medicamento. Objetivo geral: analisar as competências do enfermeiro no monitoramento do paciente para ajuste da dose de noradrenalina. Metodologia: Estudo transversal,prospectivo,seguindo a diretriz STROBE, em unidades intensivas de um hospital universitário com 50 enfermeiros, aprovado sob parecer6.114.837. Realizada coleta de dados com questionário sobre o perfil do profissional e sobre as competências praticadas. Resultados: Enfermeiros especialistas em terapia intensiva e cardiologia (78%), relatam conteúdo teórico sobre noradrenalina insuficiente em sua formação (64%) e segurança para o ajuste de dose (78%). Referente às competências: predominou o conhecimento sobre unidade de dose (94%), meta terapêutica (90%) e limite de dose (74%). Na habilidade, indicar o intervalo do monitoramento, surgiram: 38% (1h), 14% (2h) e 10% (30min). Na atitude calcular a dose em mcg/kg/min, 70% fazem às vezes e 16% nunca fazem. Em relação ao ajuste da dose, 48% referem médicos e enfermeiros aptos para essa ação, 18% consideram que apenas o médico pode indicar a dose. Conclusão: O enfermeiro desenvolve confiança e competências com o tempo de prática e convívio com  profissionais experientes para a tomada de decisão e raciocínio sobre atitudes adequadas. Evidenciaram-se conhecimentos consistentes sobre indicação e propriedades farmacológicas da noradrenalina, e divergências sobre as habilidades (saber fazer), indicar intervalo de monitoramento e escolher momento para calcular a dose. Em relação às atitudes (querer fazer), realizar o cálculo em mcg/kg/min é uma prática inconsistente. Em relação ao ajuste da dose, os enfermeiros se sentem seguros e aptos para o ajuste imediato diante de alterações clínicas. Contudo, no Brasil cabe exclusivamente ao médico, a alteração de dose das vasoaminas. Logo, as competências mencionadas são essenciais na vigilância à beira leito, pois a titulação apoia-se num profundo conhecimento sobre o paciente e sua individualidade ao responder às medicações, culminando num ajuste assertivo diante dessas respostas. Espera-se instigar a discussão sobre a criação de protocolos guiados por metas nas unidades assistenciais a fim de ajudar a equipe multiprofissional no monitoramento e nas decisões sobre o manejo das vasoaminas.

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