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Análise de sobrevida de pacientes com insuficiência cardíaca avançada submetidos ao transplante cardíaco em uso do balão intra-aórtico

Vanessa Bellini, Daniel Fatori, Fernanda de Mateo, Gabriel Loureiro, Milena Macatrão, Claudia Bernoche, Liliane Kopel, Silvia Gelás Lage
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: O balão intra-aórtico (BIA) é geralmente utilizado como um dispositivo de curta duração para manter adequada perfusão orgânica em pacientes com choque cardiogênico (CC). Contudo, permanece em discussão se o BIA melhora os desfechos clínicos como terapia ponte para o transplante cardíaco (Tx). Objetivo: Avaliar a taxa de sobrevida 30 dias após o Tx em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) avançada e CC utilizando BIA pré-transplante comparado ao grupo controle. Métodos: Foram analisados, retrospectivamente, pacientes com IC avançada e CC, admitidos na unidade de terapia intensiva cardiológica de um centro universitário terciário, entre 2009 e 2020, submetidos ao Tx. Foram incluídos pacientes submetidos a implante do BIA antes do Tx e pacientes do grupo controle que realizaram o Tx sem suporte mecânico do ventrículo esquerdo. O escore de propensão foi utilizado para parear os grupos de acordo com covariáveis clínicas relevantes. O desfecho primário de sobrevida 30 dias após o Tx foi estimado pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: Um total de 326 pacientes foram analisados, 199 no grupo BIA e 127 no grupo controle. Para os grupos controle e BIA, respectivamente, a etiologia mais frequente foi a doença de Chagas (29,9% e 47,2%, p=0,006), a maioria dos pacientes era do sexo masculino (63% e 61,3%, p= 0,760), a média de idade foi de 46,9 ± 14,4 e 46,5 ± 12 anos (p=0,791) e a média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi de 25,9 ± 9,5% e 23,5 ± 5,9%. (p=0,010). O escore SAPS 3 de admissão na UTI foi comparado em ambos os grupos, sendo de 38,8% ± 17,8% no grupo controle e 32,6% ± 18,6% no grupo BIA (p=0,042). A taxa de sobrevida 30 dias após o Tx (p=0,459) foi semelhante entre os grupos (BIA: mortalidade de 18,1%; controle: mortalidade de 14,2%). Também não se observou diferença estatisticamente significativa na taxa de sobrevida nos pacientes com Miocardiopatia chagásica comparados aos dilatados idiopáticos, isquêmicos e demais etiologias em ambos os grupos (BIA: p=0,221; controle: p=0,421). Conclusão: Em pacientes com IC avançada e CC submetidos ao Tx, a taxa de sobrevida 30 dias após o Tx foi equivalente nos grupos BIA e controle. Nos pacientes chagásicos comparados às demais etiologias a taxa de sobrevida também foi semelhante em ambos os grupos. 

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