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Miocárdio não compactado: relato de caso

JÚNIA RUARO, Bruna Luiza Domning, Maria Eduarda Domning
HOSPITAL SANTA ISABEL - Blumenau - SC - Brasil

Miocárdio não compactado: Relato de caso

 

Júnia Ruaro , Maria Eduarda Domning, Bruna Luiza Domning

 

Hospital Santa Isabel – Blumenau

 

Palavras-chave: cardiomiopatia não compactada, insuficiência cardíaca, diagnóstico diferencial

 

Introdução: A cardiomiopatia não compactada é uma anomalia do miocárdico que se organiza em camada epicárdica bem definida e endocárdica, mais espessa e com presença de trabeculações. Essa alteração pode estar associada a uma dilatação do ventrículo, disfunção sistólica e ser causa de insuficiência cardíaca, arritmias e até complicações tromboembólicas. Descrição do caso: Paciente feminina, 37 anos. Histórico familiar positivo para cardiopatias.  Realizou uma ressonância magnética cardiovascular (RMC) em 2016 mostrando ventrículo esquerdo (VE) com aumento discreto de suas dimensões e disfunção sistólica importante, hipocinesia difusa, VE 59/49, Septo 7mm, parede posterior 5mm, átrio esquerdo 33 mm, aorta 32 mm, fração de ejeção do VE (FEVE) 32%, VE com disfunção diastólica importante, ausência de fibrose miocárdica e derrame pericárdico laminar. A associação de disfunção ventricular com aumento desproporcional da trabeculação eram compatíveis com fase dilatada de miocárdio não compactado. Holter em 2021: Ritmo sinusal,  38 extrassístoles polimórficas e isoladas, 17 extrassístoles supraventriculares, sem pausas, frequência mínima de 62 e máxima de 113. Ecocardiograma (ECO) em 2022: Cardiomiopatia discreta a moderada do VE (cardiomiopatia tipo miocárdio não compactado), disfunção diastólica discreta do VE tipo I, septo interventricular exibe movimentação anômala (paradoxal) – secundária a distúrbio de condução, bloqueio de ramo, insuficiência mitral e tricúspide de grau discretos, aorta 33 mm, átrio esquerdo 36 mm, ventrículo direito 27 mm, VE 52/40, Septo 11 mm, parede posterior 9 mm, FEVE 45%. Discussão: O método diagnóstico de primeira escolha é o ECO transtorácico baseando-se em critérios morfológicos.Se o exame for indeterminado, a RMC é indicada. Caso tanto o ECO e a RMC forem inconclusivos, é possivel utilizar a tomografica cardíaca. Conclusão: Trata-se de uma doença incerta quanto a sua etiologia podendo ser hereditária ou adquirida por situações fisiológicas ou patológicas, e ainda estar associada a outras cardiopatias. Essa condição cardíaca não possui sintomas clínicos especificos, necessitando de exames de imagem para auxilio no diagnóstico, bem como exclusão de outras cardiomiopatias através de diagnósticos diferenciais.

 

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