Introdução: O tracer trata-se de um rastreamento nos processos administrativos para detectar falhas em relação a identificação segura do paciente. Esse método é amplamente utilizado nas avaliações da Joint Commission Internacional e representa cerca de 60% a 70% das atividades realizadas durante seus processos avaliativos de acreditação¹. Objetivo: relatar a importância do conhecimento do enfermeiro no uso da metodologia de rastreamento tracer no que tange o cuidado integral a um paciente internado. Método: trata-se de um relato da experiência vivenciada durante a assistência de enfermagem a um paciente idoso cardiopata, internado em uma unidade coronariana e em preparo para realização de intervenção percutânea. Resultados: Ao acompanhar todo preparo e deslocamento do paciente foi possível identificar fragilidades e potencialidades durante todo processo. Como pontos de melhoria foram identificados: quase acidentes (near miss) que poderiam culminar em evento adverso, não conformidade na identificação correta de dispositivos, alergias apresentadas pelo paciente e não previamente identificadas. Como potencialidades obteve-se: a identificação correta do paciente, a passagem de plantão efetiva entre enfermeiras das unidades de origem e destino e a prevenção de queda. Discussão: A finalidade da meta de identificação segura consiste em garantir a indicação precisa do indivíduo destinatário do serviço ou tratamento, por meio de uma identificação confiável. Além disso, tal medida visa assegurar a efetividade dos procedimentos acerca da saúde do paciente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as organizações de saúde façam a identificação correta do paciente e o uso de pulseiras de identificação. Ressalta ainda a importância de identificar as causas quando ocorrer algum incidente relacionado à identificação e discutir as causas, de modo a implantar barreira para evitar recorrências, minimizando os riscos para os pacientes. Conclusão: O conhecimento da metodologia tracer favoreceu o cuidado e a identificação precoce de falhas e potencialidades, sendos estes pontos de discussão entre as equipes, para gerar melhorias e reforçar positivamente as potencialidades do processo, promovendo a segurança do paciente ao longo da transferência entre unidades e durante procedimento invasivo.