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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Ablação por cateter vs droga antiarrítmica no tratamento de pacientes com fibrilação atrial sintomática

KAY, J., SASSAKI, C. G., TOLEDO, G. R., ASSI, N. T. B, CUNHA, T. T. H. D. , MORAIS, K. C. P
UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES - Mogi das Cruzes - São Paulo - Brasil

INTRODUÇÃO: a fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum, afeta entre 1 a 2% da população mundial e 92% desses pacientes possuem recorrência. O tratamento inicial de pacientes sintomáticos é feito com droga antiarrítmica (DAA) e a ablação por cateterismo (AC) é feita em último caso, apenas para pacientes com doença sintomática não responsiva aos medicamentos. A AC pode ser feita por radiofrequência ou crioablação e ambas, nos últimos estudos, aparentam ter uma melhor eficácia do que as DAA na manutenção do ritmo sinusal e na melhora da qualidade de vida. Diante disso, é notória a necessidade de reavaliar a eficácia dos métodos, para que menores sejam as repercussões da FA na vida do paciente.O presente estudo objetiva comparar os benefícios da ablação por cateterismo e das medicações antiarrítmicas em pacientes com FA sintomática. MÉTODOS: revisão narrativa da literatura, com análise de ensaios clínicos randomizados. Coletou-se dados nas bases MedLine via PubMed e BVS usando os termos “atrial fibrillation”, “radiofrequency ablation” e "antiarrhythmic”, o que resultou em 5703 artigos encontrados. Após aplicação dos filtros para selecionar artigos gratuitos, publicados em língua inglesa ouportuguesa nos últimos 10 anos, 445 estudos permaneceram. Dentre os artigos encontrados, foram incluídos apenas os ensaios que comparavam os dois métodos em pacientes com FA sintomática, resultando em três ensaios a serem analisados. RESULTADOS: analisou-se três ensaios clínicos randomizados que acompanharam, no total, 2662 pacientes, por um período entre 1 a 5 anos. Dentre esses pacientes, 50,4% (1341) foram submetidos à AC e 49,6% (1321) à DAA. Todos os estudos incluídos relataram uma menor recorrência de FA e taquiarritmia atrial, um menor burden de FA e menos desfechos graves para os pacientes do grupo AC. Quanto à qualidade de vida dos pacientes, um estudo relatou uma melhora na pontuação do questionário “SF-36 General Health Score” em ambos os grupos, mas os pacientes em AC tinham 8,9 pontos a mais do que os em DAA. Ainda, os outros dois ensaios aplicaram o  questionário “Atrial Fibrillation Effect on Quality of Life” no começo do estudo e após 1 ano de acompanhamento, havendo uma maior diferença entre esses períodos no grupo AC. CONCLUSÕES: esses achados sugerem uma maior eficácia da AC quando comparada às DAAs como estratégia de tratamento da FA sintomática, apresentando uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes e menores índices de recorrência em um ano.

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