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Dissociação Eletromecânica 2:1 durante Taquicardia Supraventricular – Relato de 8 Casos

Eduardo Rodrigues Bento Costa, Andreza Chaguri Velenicchi, Vagner Rosseto Pegoraro
CardioRitmo - Clínica de Arritmias Cardíacas - São José dos Campos - São Paulo - Brasil

 

Dissociação Eletromecânica 2:1 durante Taquicardia Supraventricular – Relato de 8 Casos

 

Resumo: Os autores descrevem a presença de dissociação eletromecânica (DEM) 2:1 durante taquicardia supraventricular em 8 pacientes (pts), detectada durante procedimento de ablação por cateter (ABL).

Descrição: Em série não consecutiva de pacientes submetidos a ABL para tratamento de taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) foi detectada presença de DEM em 8 pts, onde a frequência de pulso (FP) detectada pelo oxímetro de pulso foi a metade do valor da frequência cardíaca (FC) determinada pelo eletrocardiograma. A observação da DEM foi identificada durante a ABL, todos realizados sob anestesia geral e identificada pela observação de presença de onda de pulso da oximetria com a metade da frequência do monitor de eletrocardiograma durante TPSV. O fenômeno foi observado em 5 pts portadores de taquicardia átrio-ventricular ortodrômica (TAV) envolvendo via acessória (VA) e em 3 pts com taquicardia por reentrada nodal AV (TRN). A maioria dos pacientes eram jovens (idade média de 37 anos), e não havia cardiopatia estrutural ou comorbidades significativas em nenhum deles. Não havia sinais de hipotensão arterial ou desidratação significativa em nenhum durante RS. Não havia suspeita clínica da presença da DEM prévia em 7 pts da série, sendo que em 1 deles havia registro ambulatorial de palpitação taquicárdica espontânea com frequência de pulso em torno de 91 a 97 bpm, o que sugeria inicialmente tratar-se de ritmo sinusal. Em todos os pts houve resolução definitiva dos sintomas da taquiarritmia. Não ocorreram complicações e todos estão assintomáticos após período médio de 23 meses (1 a 60).

Conclusões: a presença de DEM durante TPSV é fenômeno raro e pouco descrito. A importância prática do seu reconhecimento encontra-se na anamnese clínica, onde o relato de palpitação taquicárdica com registro de frequência de pulso dentro de valores considerados “fisiológicos” podem sugerir erroneamente correlação clínico-eletrocardiográfica inadequada.

 

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