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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM UMA REGIÃO NO LITORAL PAULISTA DE 2019 a 2023

Ana Carolina Correia Cruz, Luana Sousa, Marcus Vinicius Brito Caldas, Rafaela Rivero Brachini Brambilla Cristofolini, Tarcilla Gomes Mota, Lourdes Conceição Martins, Ricardo Toshio Enohi
Universidade de Ribeirão Preto - Guarujá - São Paulo - Brasil

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é caracterizado pela morte dos cardiomiócitos devido a isquemia prolongada. No Brasil, o IAM continua sendo uma das principais causas de óbito e de internação, configurando altos custos em assistência médico-hospitalar. Em vista disso, o estudo tem como objetivo verificar a incidência de internação e óbitos por IAM em homens e mulheres na Baixada Santista. Método: Estudo transversal por análise descritiva de dados secundários coletados no DataSUS de pacientes internados ou que foram a óbito por IAM na Região Metropolitana da Baixada Santista entre 2019 e 2023. Coletou-se as variáveis: sexo, idade e cor/raça. Para comparar os anos foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (KW) e para as porcentagens foi utilizado o teste de comparação entre duas porcentagens (CDP). O nível de significância foi de 5%. Resultados: Dentre as internações,62,20% correspondem a pacientes do sexo masculino e 37,80% a pacientes do sexo feminino (CDP, p<0,05). Em relação às internações por faixa etária, em ambos os sexos, a maior incidência ocorreu entre 60 a 69 anos (KW, p<0,01) e houve um decréscimo na faixa etária de 50 a 59 anos, porém, nas demais, não houveram alterações significativas (KW, p<0,05). Sob análise de cor/raça, os homens brancos apresentaram maior incidência de óbitos em todos os anos. Ao passo que nas mulheres, houve predominância da cor branca até o ano de 2021, seguido da cor parda em 2022 e 2023 (KW, p<0,05). Outrossim, quanto aos óbitos, o grupo feminino teve maior número de casos (11,75%) quando comparado, em porcentagem, com o grupo masculino (9,94%), o que corrobora com a literatura. Tais dados podem ser justificado pelo maior risco de complicações pós-IAM nas mulheres, como o desenvolvimento de doença renal crônica e de acidente vascular cerebral, configurando um pior prognóstico. Ainda no sexo feminino, a faixa etária com mais casos de óbitos foi a de 60-69 anos de idade, sendo maior no ano de 2022 (35,53%) (KW, p<0,05), o que pode estar relacionado com algumas comorbidades que afetam as mulheres nesse período, como a pós-menopausa, após a queda do estrogênio, que possui um efeito protetor nas mulheres, o diabetes mellitus e a hipertensão arterial, desencadeando maior vulnerabilidade para desenvolver o infarto. Conclusão: Os achados destacam a importância de priorizar a promoção da saúde e a gestão dos fatores de risco entre as mulheres, sugerindo que ações de educação em saúde, promoção e prevenção sejam intensificadas para a redução da morbimortalidade cardiovascular.

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