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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Expressão de receptores odoríferos em placas de ateroma humana.

Marina Meneghel Pierami, Suelen Carolina de Assis, Eduardo Dati Dias, Alan Trindade Branco, Rômulo Tadeu Dias de Oliveira
UNICID - Universidade Cidade de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A formação e progressão das placas de ateroma depende de mudanças na expressão gênica de células imunológicas. Recentemente, a expressão de receptor odorífero do tipo 2 foi associado com o desenvolvimento das lesões de ateroma. Desta forma, o objetivo desse estudo é investigar a expressão dos genes de receptores odoríferos em lesões ateromatosas humanas e na diferenciação de macrófagos in vitro.

Métodos: Dados de expressão gênica usados nesse trabalho foram obtidos do Gene Expression Omnibus (GEO). GSE5099 contém o perfil de expressão durante a maturação e polarização de macrófagos. GSE28829 contém a expressão gênica de placas de ateroma precoces e avançadas.; GSE41571 disponibiliza um perfil de expressão genômica ampla de macrófagos, microdissecados a laser, de placas de ateroma estáveis e rompidas derivadas de endarterectomia carotídea; GSE54666 contém o perfil de expressão global de células espumosas (macrófagos tratados por 48 horas com lipoprotreína de baixa densidade oxidada (LDL-ox)) e macrófagos humanos primários derivados de monócitos. Para tornar todo conjunto de dados comparáveis, os valores de expressão normalizados por RMA foram transformados em escore Z, e a média das réplicas de cada ensaio foi calculada. Todas as comparações foram feitas usando a média do escore Z. “Fisher´s exact test” foi utilizado para estimar a significância das variações de expressão.

Resultados: A análise revelou que macrófagos isolados de lesões ateromatosas rompidas apresentam maior expressão de genes de receptores odoríferos, enquanto macrófagos de lesões estáveis mostraram expressão diminuída. Além disso, foi detectado um aumento significativo da expressão de receptores odoríferos em macrófagos M1 quando comparados a macrófagos M2. Por outro lado, não foi verificado variação na expressão global de receptores odoríferos em lesões ateromatosas iniciais ou avançadas e em macrófagos expostos a LDL oxidada.

Conclusão: Nossa análise identificou expressão diferencial de receptores odoríferos em macrófagos isolados de lesões de ateroma. Análises in vitro sugerem que o padrão de expressão encontrado em diferentes estágios da lesão de ateroma está relacionado com a abundância de macrófagos M1 e M2 que ocorre na progressão da placa. O entendimento desses receptores na ativação e diferenciação de macrófagos em lesões de ateroma pode fornecer novas ideias sobre a função de macrófagos e identificação de novos alvos terapêuticos.

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