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Cirurgia de Bentall de Bono em paciente jovem com dilatação de raiz da aorta e dissecção súbita

Fernando Maia Coutinho, Pedro Henrique Luiggi Teixeira, William Wallace Cordeiro dos Santos, Talles Levi Pereira Nogueira
UFPA - Belém - Pará - Brasil, hospital beneficente portuguesa - Belém - Pará - Brasil

INTRODUÇÃO: A ectasia da raiz da aorta associado a valva aórtica bicúspide é uma condição relativamente comum, caracterizada pelo alargamento da porção inicial da aorta. Este distúrbio pode resultar em complicações graves, como insuficiência cardíaca, aneurisma da aorta, dissecção aórtica e , consequentemente, morte súbita, particularmente em pacientes jovens. A abordagem terapêutica desse quadro desafiador continua a evoluir, e a cirurgia Bentall e de Bono emergiu como uma opção eficaz para a correção desta anomalia anatômica complexa. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 34 anos, branco,  assintomático, apresentando um quadro súbito de Dissecção Aguada de Aorta. Negava outras comorbidades associadas. Em novembro de 2017, após a estabilização do paciente, como exames iniciais complementares foi realizado Eletrocardiograma (ECG), sendo observado ritmo sinusal com sinais de Sobrecarga Ventricular Esquerda (SVE); enquanto no Ecocardiograma Transtorácico (ECOTT) foi possível observar insuficiência aórtica importante associada a uma valva aórtica bicúspide, além de um quadro de aneurisma de aorta em porção ascendente, um quadro de ectasia na raiz da aorta. Foi feita angiotomografia coronária e de aorta torácica e abdominal onde foi detectado Dissecção aórtica tipo A de Stanford, iniciando-se na altura do seio coronariano (7,4 x 6,2), inclusive envolvendo o óstio das Artérias coronárias, com essas sem sinais de oclusões luminais. Logo, foi  indicado assim a intervenção cirúrgica, a Cirurgia de Bentall e De Bono, realizando assim a ressecção de aorta ascendente dilatada e dissecada e valva aórtica insuficiente; o implante de tubo valvado inorgânico com valva metálica e reimplante de artérias coronárias no tubo valvado (revascularização) e a anastomose distal do tubo na porção distal da aorta ascendente. A partir desse ponto foi realizado o acompanhamento pós operatório do paciente a partir de exames de imagem onde o ECO Transesofágico demonstrou uma prótese normofuncionante e estável, sem sinais de disfunção ventricular esquerda. Desse modo, a cirurgia de Bentall e de Bono demonstrou-se eficaz para o controle e resolução do quadro agudo do paciente, além de prevenir o mesmo no desenvolvimento de complicações como insuficiência cardíaca. São necessários estudos adicionais para avaliar o prosseguimento desta intervenção em pacientes com idade precoce, permitindo a detecção precoce de qualquer complicação.

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