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VARIÁVEIS FÍSICAS PODEM DIFERENCIAR CORONARIOPATAS COM AUMENTO OU REDUÇÃO DA OCORRÊNCIA DE ARRITMIAS DURANTE UMA SESSÃO DE REABILITAÇÃO CARDÍACA?

Maria Clara de Souza Moreno Lopes, Maria Júlia Lopez Laurino, Vanessa Rye Isawa , Maria Fernanda de Souza Moreno Lopes , Natacha de Lima Gervazoni, Luiz Carlos Marques Vanderlei
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - FCT/UNESP - Presidente Prudente - São Paulo - Brasil

Introdução: Coronariopatas estão predispostos ao surgimento de arritmias durante e/ou após o exercício físico. Identificar quais parâmetros podem ajudar a caracterizar os pacientes mais susceptíveis ao surgimento de sintomas durante uma sessão de reabilitação é imprescindível. Objetivo: Investigar se existe diferença em fatores como idade, capacidade funcional, índice de massa corporal e parâmetros cardiovasculares de repouso em coronariopatas que apresentam aumento ou redução da ocorrência de arritmias em exercício. Métodos: Dados de 45 indivíduos diagnosticados com doença arterial coronariana participantes de um programa de reabilitação cardíaca foram analisados. A ocorrência de arritmias foi avaliada por meio do Holter de 3 derivações, antes de iniciar a sessão de exercícios em repouso por 60 minutos, e durante os 60 minutos de exercício físico. Foram registradas ectopias ventriculares, supraventriculares e para determinar os grupos foi considerada a soma de ambas. Para determinar se houve aumento ou diminuição do número de arritmias no período de exercício foi calculada a mínima diferença clinicamente significante com base no desvio-padrão do período de repouso, que foi multiplicado por 0.2. A partir da variação obtida por cada voluntário foram definidos os grupos Aumento (GA, n=7) e Redução (GR, n=12), bem como o grupo manutenção (GM, n=26). As variáveis clínicas extraídas dos prontuários foram idade, índice de massa corporal, distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (dTC6), frequência cardíaca e pressão arterial sistólica (PAS) de repouso. A análise consistiu na ANOVA univariada. Resultados: A mínima diferença clinicamente significante obtida foi de 3.3 arritmias/hora. Na população foram registradas em média 9.3±16 arritmias/hora em repouso e no exercício 6.7±13.8. Para o GA foram registradas em repouso 9.6±18.5 arritmias/hora e no exercício 22.7±26.3, para o GR (22.6±22.0 vs 4.2±4.9) e para o GM (1.9±2.4 vs 2.1±2.9). Não foi encontrada diferença estatisticamente significante para todos os desfechos avaliados. Idade: GA (63.1±7.2), GR (69.1±10.8) e GM (62.5±9.7). Frequência cardíaca: GA (71.7±8.0), GR (72.2±14.0), GM (70.4±8.3). PAS: GA (125.7±17.2), GR (126.7±13.7) e GM (124.6±13.9). Índice de massa corporal: GA (27.6±1.4), GR (27.7±3.5) e GM (28.6±4.4). dTC6: GA (609.7±85.9, GR (521.7±89.9) e GM (526.6±106.6). Conclusão: Em coronariopatas,as variáveis físicas aqui avaliadas não são bons parâmetros para caracterizar àqueles com aumento ou redução da ocorrência de arritmias durante o exercício.

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