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Predição de desfechos clínicos em longo prazo em pacientes internados por infarto agudo do miocárdio: um seguimento de 1 ano

Yagda A. V. Souza, Isadora S. Rocco, Isis Begot, Caroline Bublitz, Rita Simone L. Moreira, Walter J. Gomes, Solange Guizilini
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: Diversos estudos tem investigado características clínicas após o infarto agudo do miocárdio (IAM) capazes de fornecer prognóstico a respeito do risco de óbito e internação hospitalar. Diante deste contexto, adicionar a avaliação da capacidade funcional pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) a outros marcadores clínicos podem melhorar a habilidade preditiva de modelos nesta população. Objetivo: avaliar a habilidade preditiva de variáveis clínicas e de capacidade funcional na alta hospitalar sobre desfechos de óbito e reinternação após 1 ano do IAM. Método: Estudo prospectivo no período de 2017 a 2020, incluindo indivíduos adultos hospitalizados devido diagnóstico de IAM com e sem supra desnivelamento do segmento ST. As variáveis clínicas e antropométricas foram coletadas por meio de avaliação de prontuário físico e anamnese. O TC6M foi realizado após 72h do IAM tratado em pacientes submetidos a reabilitação cardiovascular fase 1. O TC6M foi aplicado de acordo com as normas da ATS e as respostas cardiorrespiratórias e percepção de esforço foram avaliadas antes, logo após e durante recuperação. O desfecho clínico em longo prazo foi dado pelo desfecho composto de mortalidade e reinternação hospitalar por descompensação de insuficiência cardíaca e novo IAM. O nível de significância estatística utilizado foi de alfa <0,05, com análise de regressão logística realizada no software JAMOVI. Resultados: Foram incluídos 162 pacientes após IAM avaliados na alta hospitalar. A análise de regressão logística multivariada demonstrou que a presença de sedentarismo (p<0,001), o índice de massa corpórea (p=0,022) e a distância percorrida no TC6M (p=0,029) foram preditores do desfecho clínico composto em seguimento de 1 ano (R2 = 0,191; Acurácia = 0,821; AUC 0,772). Entretanto, apesar de bom tratamento de colinearidade e medidas de influência satisfatórias, os resíduos do modelo não apresentaram distribuição normal (W = 0.562; p<0,001). Conclusão: A distância no TC6M, o sedentarismo e o índice de massa corpórea exercerem papel prognóstico independente para desfechos clínicos após 1 ano do IAM. Entretanto, considerando o erro encontrado no modelo, variáveis adicionais devem ser investigadas para criação de um modelo de predição robusto.

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