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Origem anômala de coronárias em paciente assintomática: um relato de caso

Mario J. Battistella Jr, Franciely B. Wiginesk, Maria Ludmila Setti Aguiar Moro, Gabriella de A M Gomes S, Lucas Testoni, Eduardo Rafael Cipriani , Enzo Pellizzaro
Universidade Regional de Blumenau - FURB - Blumenau - Santa Catarina - Brasil

INTRODUÇÃO: A origem anômala das artérias coronárias (OAAC) faz parte de uma variedade de malformações congênitas que afetam a origem e a trajetória inicial dos vasos. A condição anatômica pode se apresentar com variações benignas e malignas com incidência entre 0,2% e 5,6% na população geral. Tendo um impacto significativo devido ao risco elevado de isquemia miocárdica e de morte cardíaca súbita (MSC). O tratamento é condicionado pela natureza do caso. RELATO DE CASO: Mulher, 48 anos, assintomática, sem comorbidades prévias, relata atividade física regular e dieta equilibrada, buscou avaliação de rotina. Ecocardiograma Transtorácico (ETT): fração de ejeção ventricular 61%, sinal de trajeto anômalo da artéria circunflexa (ACx) com trajeto retroarterial. Teste ergométrico: negativo para isquemia, sem arritmias e boa capacidade cardiopulmonar(10 METS). Submetida à realização de Angiotomografia de coronárias que evidenciou OAAC em artéria coronária direita (ACD) e ACx, originando-se de um tronco comum. O segmento proximal da ACD percorre interarterial, entre a artéria pulmonar e a aorta ascendente, apresentando compressão significativa do óstio, caracterizando um trajeto maligno. A ACx, originando-se do mesmo tronco, segue um trajeto posterior à aorta ascendente, representando uma variante benigna. O caso foi avaliado pelo Heart Team e optado por tratamento clínico. Paciente segue acompanhamento e se apresenta estável há 2 anos. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: A anomalia é vista ao ETT como uma estrutura hiperecóica e tubular orientada perpendicularmente à raiz da aorta, logo superior ao anel mitral na janela apical quatro câmaras principalmente. A avaliação da OAAC é necessária, métodos de imagem são cruciais, auxiliando o manejo dos pacientes. A maioria dos casos manifesta-se assintomáticos, mas podem apresentar dor torácica, síncope, em casos graves a isquemia miocárdica ou MSC, podem ser as primeiras manifestações. O tratamento pode incluir correção cirúrgica, intervenção coronária percutânea e manejo conservador. A decisão terapêutica é complexa, debates seguem em andamento, principalmente naqueles com curso interatrial de uma artéria coronária anômala. Mesmo com limitações o ETT, tem capacidade em fazer o diagnóstico da anomalia sendo de grande valia para a condução do paciente e que não pode ser ignorado. Pacientes assintomáticos sem isquemia miocárdica, recomenda-se uma análise multidisciplinar para decidir sobre intervenções, considerando o tratamento clínico como opção segura.

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