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Efeito do Treinamento Aeróbico na Aptidão Aeróbia de Homens e Mulheres Idosos Hipertensos Medicados

Luan Morais Azevêdo, Natan Silva-Junior, Luiz Riani, Leandro Brito, Claudia LM Forjaz
USP - Escola de Educação Física e Esporte - São Paulo - SP - BRASIL, Oregon Institute of Occupational Health Sciences - Portland - Oregon - Estados Unidos

Introdução: A hipertensão é responsável por cerca de 33% das mortesno mundo, acometendo tanto homens quanto mulheres.Diversos fatores contribuem para o surgimento da hipertensão, dentre eles o envelhecimento, que promove degeneração das estruturas orgânicas, comprometendo os sistemas orgânicos, como o cardiovascular, além de comprometer as capacidades físicas. A aptidão aeróbia é um importante marcador para a redução de óbitos por desfechos cardiovasculares em idosos hipertensos. Dessa forma, torna-se importante manter boa aptidão aeróbica para se reduzir a morbimortalidade da população idosa. Uma forma de atingir tal objetivo é o treinamento aeróbico. Contudo a literatura científica é escassa quanto às diferenças nas adaptações produzida por esse treinamento entre os sexos. Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo avaliar o efeito do treinamento aeróbico nas respostas cardiometabólicas a um teste ergoespirométrico máximo (TEM) em homens e mulheres hipertensos idosos. Métodos: Participaram30 idosos hipertensos, sendo 14 mulheres (68±6 anos) e 16 homens (66±6 anos) com medicação anti-hipertensiva mantida por, no mínimo, 4 meses. Os voluntários realizaram um TEM (cicloergômetro, rampa 15w/min) antes e após 10 semanas de treinamento aeróbico. Durante o teste, o consumo de oxigênio (VO2) foi avaliado por um analisador de gases. O limiar anaeróbio (Lan) e o ponto de compensação respiratória (PCR) foram definidos por 2 pesquisadores e dúvidas foram sanadas por um terceiro. O treinamento aeróbico foi realizado em cicloergômetro, 3 vezes por semana, com duração progredindo de 30-45 minutos e intensidade moderada (i.e., do Lan a 10% abaixo do PCR). Em cada sexo, o efeito do treinamento foi avaliado por testes t para amostra repetidas, adotando-se p≤0,05. Resultados: Tanto nas mulheres quanto nos homens,o treinamento aeróbico aumentou a carga máxima (93±10 vs. 105±18 W, p=0,00 e 150±27 vs. 165±27 W, p=0,00, respectivamente) e o VO2pico (14,8±2,2 vs. 16,3±2,3 mL.kg-1.min-1, p=0,00 e 20,8±4,8 vs. 21,8±4,2 mL.kg-1.min-1, p=0,02, respectivamente). No entanto, o VO2 no Lan (8,3±1,3 vs. 9,4±1,7 mL.kg-1.min-1, p=0,01) e no PCR (13,0±2,1 vs. 14,3±2,5 mL.kg-1.min-1, p=0,01) aumentou nas mulheres, mas não se modificou nos homens (Lan = 10,9±2,7 vs. 10,6±2,3 mL.kg-1.min-1, p=0,48 e PCR = 18,2±4,3 vs. 17,8±4,0 mL.kg-1.min-1, p=0,51). Conclusão: O treinamento aeróbico promoveu melhora da capacidade e potência aeróbias de mulheres hipertensas medicadas, enquanto nos homens promoveu apenas aumento da potência aeróbia.

 

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