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Endocardite como complicação de Cateter duplo J

Luara Goss Rodrigues Dadamos, Gabriela Medeiros de Souza, Heloísa Rodrigues Xavier, Nathalia Brandi Paixão, Giovanna Mallmann Silva, Lara Arantes Rodrigues da Cunha, Mariana Machado Lemos Fochi
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: A endocardite infecciosa é uma doença rara com incidência anual de 3 – 10/ 100.000 pessoas. A variabilidade de apresentações clínicas torna desafiador o diagnóstico a beira-leito,  atrasando o tratamento definitivo e aumentando mortalidade.

Objetivo: realizar descrição clínica de complicação rara de endocardite após passagem de duplo J.

Método: Relato de caso retrospectivo, descritivo e observacional.

Relato do caso: Feminina, 34 anos, sem outras comorbidades. Deu entrada com quadro de ureterolitíase a direita complicada com pielonefrite, necessitando de passagem de cateter duplo J e antibioticoterapia, urocultura com Enterococcus faecalis. Retorna após 06 meses, com tratamento recorrente de infecção do trato urinário e com queixa de astenia e febre há 30 dias. Ao exame físico, apresentava nódulos e Osler em falange distal e média do terceiro dedo da mão esquerda, e sopro sistólico em foco mitral 4+/ 6.

Ecocardiograma evidenciou insuficiência mitral de grau importante, prolapso do folheto posterior da valva mitral com vegetação e sinais de perfuração do folheto posterior. Administrada antibioticoterapia para ceftriaxona, gentamicina e vancomicina. Hemoculturas: Enterococcus faecalis sensível a ampicilina, linezolida, teicoplanina e vancomicina. USG e abdome total: pequena quantidade de liquido livre esplenomegalia leve. Avaliação da oftalmologia sem alterações evidentes. A retirada do catéter duplo J já havia sido realizada previamente a esta internação. Avaliada pela Cirurgia Cardíaca que indica abordagem cirúrgica, com colocação de prótese metálica. Após troca valvar e antibioticoterapia, apresenta evolução favorável. Exames pós-operatórios indicaram função valvar adequada, sem complicações significativas.

Conclusões: A atenção vigilante às complicações graves, como a endocardite, durante procedimentos invasivos é imperativa. A consciência clínica e a prontidão para o diagnóstico precoce desempenham um papel crucial na eficácia do tratamento, enfatizando a importância de protocolos rigorosos e monitoramento contínuo para garantir a segurança dos indivíduos submetidos a intervenções invasivas.

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