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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE DE PACIENTES ACOMETIDOS POR DOENÇA REUMÁTICA DE VALVA MITRAL, AÓRTICA E TRICÚSPEDE NO BRASIL NO PERÍODO DE 2012 A 2022.

Marcela Palheta de Freitas, Saulo Ferreira Rodrigues, Yanakã Lopes Rocha
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - BELÉM - PARÁ - BRASIL

Introdução: A Doença Cardíaca Reumática (DCR) é caracterizada por lesões nas válvulas e músculos cardíacos decorrentes da inflamação provocada pela febre reumática, uma complicação não supurativa importante da faringoamigdalite, causada por bactérias Strepetococcus beta-hemolítico do grupo A. O acometimento do coração pode causar lesões crônicas e progressivas nas válvulas cardíacas. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a febre reumática é considerada uma doença endêmica e está relacionada às condições sociais, econômicas e ambientais. O objetivo desse estudo é analisar os óbitos por Doença Reumática da valva mitral, aórtica e tricúspide ocorridos no Brasil, a fim de identificar o perfil social e econômico da população acometida. Métodos: Para alcançar o objetivo os dados foram coletados na plataforma de Informações de Saúde (TABNET) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no período de 2012 a 2022, referente ao número de óbitos por ano, região, raça/cor, faixa etária e sexo ocorridos no Brasil. Foi realizado uma análise estatística simples de frequência entre os dados. Resultados: No Brasil o número total de óbitos por doenças valvares reumática fora de 13683 entre 2012 e 2022. O ano com mais óbitos foi 2012 com 1346 mortes e com menos foi 2020 com 1107 mortes. Nos anos seguintes, observou-se um aumento, registrando 1336 óbitos em 2022. A região que mais registrou óbitos foi o Sudeste, com 6582 casos. Em contrapartida, o Norte, registrou apenas 645 casos. O sexo mais acometido foi o feminino em todas as regiões, com 8852. A idade mais acometida foi entre 60 e 69 anos, com 3123 óbitos, exceto na região Nordeste com 597 óbitos na população entre 50 e 59 anos. Ao analisar a relação entre os óbitos por DCR e raça, notou-se predomínio entre pessoas consideradas brancas, com 7776 no total, salvo a região Nordeste, aonde a cor parda registrou 1722 óbitos, uma vez que há um predomínio da raça negra nessa região. Conclusão:  Os resultados apresentados demonstram que de 2012 a 2020 houve um decréscimo no número de óbitos, seguido de um aumento nos anos seguintes. Nota-se uma prevalência maior na população idosa, no sexo feminino e na cor branca. Quanto as regiões, observou-se predomínio na região sudeste e menos registros na região Norte, mesmo apresentando condições socioeconômicas piores. Acredita-se, que esse resultado decorre pelo Sudeste ser o estado mais populoso do Brasil e a região Norte apresentar baixas taxas de notificações de doenças e agravos.

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