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Classificação de pacientes com estenose aórtica submetidos a TAVI segundo o dano estrutural cardíaco

Eduardo Hadad Cherulli, Mauricio Marson Lopes, Cledicyon Eloy da Costa, Gustavo Calado de Aguiar, Felipe Meireles Aun Barbosa, Eduardo Macário Duarte , Verena Voget
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - - SP - BRASIL

Introdução: A estenose aórtica (Eao) é uma doença valvar que pode causar dano estrutural às câmaras cardíacas. O implante percutâneo de valva aórtica (TAVI) é um procedimento que visa restaurar a função da valva aórtica e melhorar a qualidade de vida dos pacientes de forma pouco invasiva. O objetivo deste estudo foi classificar pacientes com estenose aórtica submetidos a TAVI, com diferentes níveis de dano estrutural, por meio de parâmetros do ecocardiograma. Atualmente, além da classificação dos estágios de Eao em A/B/C/D, ganhou-se importância a análise do dano estrutural cardíaco que ocorre em decorrência da disfunção valvar. 

Estudos recentes demonstram correlação entre tal classificação e o desfecho clínico dos pacientes submetidos a TAVI.

 

Metodologia: Esse estudo foi realizado retrospectivamente usando um sistema de prontuários eletrônicos de pacientes submetidos a TAVI entre os anos de 2017 e 2022. Foram analisados parâmetros clínicos e parâmetros ecocardiográficos; como volume do átrio esquerdo (AE), função sistodiastólica do VE, massa do VE indexada, pressão sistólica da artéria pulmonar, função do VE, presença de insuficiência tricúspide e mitral.  

A partir desses dados, foram classificados entre os estágios 0 (ausência de dano cardíaco), 1 (dano de VE), 2 (dano de AE ou na valva mitral), 3 (dano da circulação pulmonar ou da valva tricúspide) e 4 (dano no ventrículo direito (VD). Foram avaliados 165 pacientes dosquais quarenta e quatro pacientes foram excluídos devido à falta completa dos dados, permitindo a análise de 121 pacientes. 

 

Resultados: Em nossa amostra de 121 pacientes, foram classificados 23 pacientes obesos (19%), 54 com diabetes mellitus (44,6%), 86 com HAS (71,0%), 11 com DPOC (9,0%), 53 com DAC (43,8%) e 32 previamente operados (26,4%). De acordo com a avaliação do estágio da Eao, 12 foram classificados em estágio 0 (9,9%), 17 em estágio 1 (14,0%), 77 em estágio 2 (63,3%), 10 em estágio 3 (8,2%) e 5 (4,1%) em estágio 4. Entre eles, 47 eram do sexo masculino (38,8%) e 74 do feminino (61,1%).

 

Conclusão: A maioria dos pacientes submetidos a TAVI em nossa casuística apresenta dano estrutural cardíaco significativo, demonstrando a necessidade de atentar, não apenas para a classificação tradicional das diretrizes, mas também as alterações morfofuncionais presentes, a fim de proporcionar reversibilidade dessas alterações e desfechos clínicos mais favoráveis.

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