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ESTRATÉGIA NEFROPROTETORA DE AVALIAÇÃO DE IMAGEM MULTIMODAL NO PRÉ-OPERATÓRIO DE TAVI EM PACIENTE COM DISFUNÇÃO RENAL

Lucas Rodrigues Araújo, Stefano Garzon Dias Lemos, Breno Oliveira Almeida, Wilterson Carlos Bandeira, José Mariani Júnior, Pedro Alves Lemos Neto
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL

Introdução:

O Implante por Cateter de Bioprótese Valvar (TAVI) é um procedimento no qual um dos riscos inerentes é a possibilidade de Injúria Renal Aguda (IRA) pelo uso de contraste tanto na avaliação pré-operatória com Angiotomografia (angioTC) como no intraoperatório, impactando negativamente o prognóstico pós-operatório.Relatamos o caso de um paciente com Estenose Aórtica crítica e disfunção renal importante, candidato à TAVI, submetido a uma estratégia nefroprotetora de avaliação morfofuncional sem contraste com implante bem sucedido de TAVI.

Relato do caso:

Paciente de 80 anos com tratamento oncológico prévio de Neoplasia de Bexiga (2007) e Mesotelioma maligno (1976) admitido por Edema Agudo de Pulmão. Apresentava Clearance de Creatinina de 24 mL/min/1.73m² (Creatinina 2,7 e Ureia 155), mesmo após estabilização clínica. Ecocardiograma evidenciou Estenose Aórtica crítica (Área valvar 0.4 cm²; Gradiente médio 69 mmHg e FE 52%). Avaliação pré-operatória sem uso de contraste através de Ecocardiograma transesofágico (ECO TE),  AngioRessonância cardíaca sem contraste, angioTC sem constraste e Ultrassom Doppler de vasos mostraram via de acesso femoral sem obstrução funcionalmente significativa, apesar de calcificação difusa e severa bilateral, bem como calcificação valvar aórtica acentuada, sem invasão da via de saída do ventrículo esquerdo. 

Realizado profilaxia de nefropatia por contraste no pré e pós-operatório com hidratação parcimoniosa. Submetido à anestesia geral para procedimento guiado por ECO TE. Acessos arteriais guiados por ultrassom, pré-dilatação com balão 29mm durante rapid pacing. Implante de prótese Evolut-R 29mm. Pós dilatação com balão 25mm durante rapid pacing. Aortografia com contraste diluído e Ecocardiograma transesofágico demonstrando bom posicionamento da prótese com refluxo mínimo. Cateterismo cardíaco realizado  evidenciou lesão de 90% proximal de ramo diagonal e lesão de 70% proximal em artéria circunflexa. ECO TE realizado no intraoperatório evidenciou endoprótese com abertura normal com refluxo paraprotético de grau discreto, gradiente médio de 9 mmHg. Realizado total de 40ml de constraste diluído durante procedimento.

Recebeu alta no 5º PO, estável clinicamente, sem intercorrências e Creatinina 1,7 - Clearance de Creatinina 40mL/min/1.73m², Ureia 73).

Conclusão:

O caso apresentado demonstra que, apesar do risco intrínseco ao procedimento, uma estratégia de avaliação morfofuncional pré- TAVI sem uso de contraste é eficaz e pode diminuir a chance de IRA no pós-operatório e deve ser lembrado como opção em casos selecionados.

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