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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto da Qualidade do Sono no Comportamento de Autocuidado e na Qualidade de Vida em Pacientes com Insuficiência Cardíaca

Raíssa Santos Ferreira, Vitória Samara Tenório Celestino Dourado, Ana Carolina Pereira de Crasto Britto Martins, Célio Alves Cavalcanti Neto, Rodrigo Moreno Dias Carneiro, Maria de Fátima Costa Caminha, Suzana Lins da Silva, Ligia Cristina Câmara Cunha
FPS - Recife - PE - Brasil

Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica caracterizada por sobrecarga de líquido e perfusão tissular inadequada, resultante de distúrbios cardíacos estruturais ou funcionais que comprometem a capacidade dos ventrículos de serem preenchidos ou ejetar sangue. Dentre os fatores que impactam diretamente a qualidade de vida de indivíduos com IC, encontram-se os distúrbios respiratórios do sono que resultam na fragmentação do sono no período noturno aumentando o nível de cansaço e causando sonolência diurna excessiva, prejuízo no autocuidado o que afeta diretamente sua qualidade de vida. 

Métodos

Estudo de coorte prospectivo que avaliou a qualidade do sono, o autocuidado e a qualidade de vida em pacientes com IC crônica, classificados de acordo com sinais e sintomas de IC descompensada. As escalas utilizadas foram a de Sonolência Diurna Excessiva de Epworth, European Heart Failure Self-care Behavior Scale e Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire. As avaliações clínicas e os questionários de qualidade de vida foram realizados em cinco momentos: T0 (avaliação basal), T1 (um mês), T2 (dois meses), T3 (três meses) e T4 (seis meses). Os dados coletados foram registrados em formulários eletrônicos especiais no Research Electronic Data Capture (REDCap®, EUA). Foi realizada a análise descritiva dos dados.

Resultados

A amostra consistiu em 25 indivíduos, dos quais 44% foram classificados com IC descompensada e 66%com IC compensada. Indivíduos com IC descompensada demonstraram uma maior proporção de Sonolência Diurna Excessiva Grave em todas as avaliações quando comparados ao grupo com IC compensada. Ambos os grupos apresentaram baixa adesão a certas atividades, incluindo a procura por serviços de saúde em caso de ganho de peso de 2kg em uma semana, a realização de exercícios físicos regulares e a busca por assistência médica em caso de inchaço significativo nos membros inferiores. Todos os pacientes com IC descompensada apresentaram em todas a avaliações, Baixa Qualidade de Vida, de acordo com a classificação Minnesota. Entre os pacientes com IC compensada, 57,1% relataram uma Qualidade de Vida Moderada com tendência a piorar ao longo dos meses (Figura 1).

Figura 1: Escala de Sonolência de Epworth, Autocuidado European e Qualidade de vida Minnesota, com variação entre os grupos e seguimentos (basal, 1 mês, 2 mêses, 3 mêses e 6 mêses).

Conclusões

Pacientes descompensados apresentaram mais sonolência diurna excessiva grave, qualidade de vida ruim, sem interferência no autocuidado quando comparado aos pacientes compensados. 

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