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Teste Timed Up and Go em pacientes com insuficiência cardíaca crônica: estudo transversal

CAROLINE OLIVEIRA GOIS, Matheus Henrique Martins Egídio, Marília Amorim Souza Leão, Monique Marques da Silva
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: Testes funcionais podem ser considerados fortes preditores na estratificação de risco de pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Um teste funcional que tem demonstrado relevância clínica, e é considerado preditor de risco de hospitalização, dependência funcional e mortalidade geral de pacientes com insuficiência cardíaca crônica é o teste Timed Up and Go (TUG). Portanto, o objetivo deste estudo é determinar o tempo para realização do teste TUG em pacientes com insuficiência cardíaca crônica; identificar variáveis que possam explicar o tempo para realização do teste TUG em pacientes com insuficiência cardíaca crônica; analisar a relação entre o tempo para realização do teste TUG e outras variáveis, incluindo testes funcionais.

MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo realizado no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia por meio de revisão de prontuários. Foram incluídos neste estudo pacientes com idade entre 20 e 79 anos com diagnóstico clínico de insuficiência cardíaca crônica, que não haviam realizado programa de reabilitação cardiovascular nos últimos 6 meses. O desfecho primário foi considerado o tempo para realização do teste TUG, distância máxima percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (DTC6), tempo para realização do teste de sentar e levantar 5 vezes (5T-TSS), força de preensão manual e escore Short physical performance battery (SBBP).

RESULTADOS: Em 111 participantes (idade média 57,3 ± 12,2 e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) 38,7 ± 14,5), o tempo para realizar o teste TUG foi de 7,9 ± 2,6 s entre os participantes com insuficiência cardíaca crônica. O teste TUG teve melhor desempenho no grupo com insuficiência cardíaca com FEVE reduzida (7,2 ± 1,7 s) em comparação ao grupo com insuficiência cardíaca FEVE preservada (8,5 ± 1,8 s). Além disso, mostrou que houve efeito da idade e da PAS em relação à FEVE. O teste TUG estabeleceu associação estatisticamente significativa com DTC6 (r = -0,53), 5T-TSS (r = 0,70) e escore SBBP (r = -0,62) em pacientes com insuficiência cardíaca crônica.

CONCLUSÃO: O teste TUG pode ser útil para avaliar o desempenho físico de pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Pacientes com insuficiência cardíaca com FEVE reduzida comparado aos com FEVE preservada apresentaram melhor desempenho físico no teste TUG. O teste TUG mostrou relação com a DTC6, 5T-TSS e escore SBBP em pacientes com insuficiência cardíaca crônica.

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