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Análise Prospectiva de Variantes Genéticas e Perfis Clínicos em Pacientes com Cardiomiopatia Hipertrófica

Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, Tainá Ribeiro de Azevedo, Anna Luisa Mennitti, Silas Ramos Furquim, Bianca Linnenkamp, Eduardo Chaddad Buldrini, Gabriella Freitas
SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL, Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo - SP - SP - Brasil, InCor/FMUSP - SP - SP - Brasil

Introdução/Contexto: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética marcada pela hipertrofia de um ou mais segmentos da parede ventricular esquerda não atribuída a causas secundárias. Aproximadamente 200 alterações genéticas já foram identificadas em pacientes com CMH, abrangendo variantes patogênicas, benignas e de significância desconhecida.

 

Objetivo: Este estudo visa identificar variantes genéticas patogênicas ou potencialmente patogênicas em pacientes com CMH acompanhados em um ambulatório de miocardiopatias de um hospital brasileiro.

 

Métodos: Realizou-se um estudo descritivo prospectivo, analisando prontuários médicos, informações clínicas disponíveis na instituição e utilizando um painel genético NGS para investigar mutações associadas à CMH genética. Foram incluídos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica em acompanhamento ambulatorial em um serviço de cardiologia terciário, entre novembro de 2022 e fevereiro de 2024.

 

Resultados: Dos 12 pacientes analisados, com média de idade de 56,3 ± 10,8 anos e distribuição equitativa por gênero (50% feminino), identificaram-se variantes em 46,7% dos genes analisados, localizadas nos genes FLNC, DES, TNNI3, MYH7, MYBPC3 e POLG. Todas as variantes ocorreram em heterozigose; apenas a variante em MYH7 foi caracterizada como patogênica, enquanto as demais permanecem de significância incerta. Duas alterações foram observadas no gene TNNI3, sendo uma translocação e outra deleção. A demografia dos pacientes revelou uma diversidade étnica, com 41,7% brancos e pardos, e 16,6% pretos. A maioria apresentava hipertrofia septal (91,6%) e uma fração de ejeção preservada (66,7%), além de comorbidades comuns como hipertensão e dislipidemia em 68% dos casos.

 

Conclusões: Este estudo destaca a diversidade genética e a complexidade clínica entre os pacientes com CMH em um contexto brasileiro, reforçando a prevalência de variantes patogênicas conhecidas e de significância incerta. Os resultados reiteram a necessidade de pesquisa genética contínua e estratégias de manejo personalizadas, sublinhando o potencial da medicina personalizada para melhorar os desfechos dos pacientes com CMH.

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