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Correção de Bloqueio de Ramo Esquerdo e Dissincroniomiopatia Induzida por Oclusor Percutâneo de Defeito do Septo Ventricular – Relato de Caso

Eduardo Rodrigues Bento Costa, Andreza Chaguri Vellenich, Vagner Rossato Pegorato, Fabio Roberto da Silva Baptista , Marcelo Souto Nacif
CardioRitmo - Clínica de Arritmias Cardíacas - São José dos Campos - São Paulo - São Paulo

 

Correção de Bloqueio de Ramo Esquerdo e Dissincroniomiopatia Induzida por Oclusor Percutâneo de Defeito do Septo Ventricular – Relato de Caso

 

Descrição: Paciente fem, 41 anos, com antecedente de correção percutânea de comunicação interventricular (CIV) de posição sub-aórtica com implante de oclusor Cera-VSD há 6 anos, sem histórico de ICC ou distúrbio elétrico da condução intraventricular, com ótima evolução inicial. Nos últimos 6 meses passou a apresentar dispnéia progressiva aos esforços, com limitação funcional aos pequenos / moderados esforços (CF III NYHA), sendo detectada severa dilação ventricular esquerda (DDVE: 75 mm, DSVE: 60 mm, VDFVE: 115,1 ml/m2) e disfunção ventricular esquerda (FEVE: 16%, strain longitudinal global do VE: 5,42%). Apresentava ainda ECG com presença de bloqueio do ramo esquerdo, com QRS: 170 ms, que não apresentava antes da correção do CIV. Após otimização terapêutica farmacológica, houve melhora da CF II NYHA e da FEVE: 30%, sendo encaminhada para terapia de ressincronização cardíaca.

Foi realizado implante de ressincronizador cardíaco associado a cardiodesfibrilador (TRC-D), com implante tanto de eletrodo em seio venoso coronariano para estimulação da porção látero-basal do VE  como implante de  eletrodo ventricular em posição profunda do septo interventricular para estimulação direta do ramo esquerdo do feixe de His, configuração conhecida como LOT-CRT, buscando-se a estimulação ventricular esquerda mais fisiológica ao se utilizar do próprio sistema His-Purkinje para a propagação elétrica. Foi obtido significativo encurtamento do QRS (130 ms), com importante remodelamento reverso do VE, melhora da FEVE: 52% e da classe funcional I NYHA.

Conclusões: Ainda que incomum, a correção cirúrgica ou percutânea do SIV pode gerar distúrbios da condução elétrica, como o BRE nesse caso, responsável por dissincronismo eletro-mecânico do VE e severa ICC. A utilização combinada da terapia farmacológica clássica com a ressincronização cardíaca nos parece fundamental para o controle clínico dessa paciente.

 

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