Introdução: O aneurisma dissecante de aorta é definido pela ruptura de uma dilatação do vaso sanguíneo na região da camada íntima, formando um falso lúmen na camada média. Suas principais causas são seus fatores de risco tais como HAS, aterosclerose e tabagismo. A Classificação de Stanford é utilizada para caracterizar melhor cada tipo de aneurisma e seu prognóstico. A mesma se divide em A, com acometimento de aorta ascendente e B, onde não há acometimento de aorta ascendente. Essa patologia é três vezes mais comum entre homens e entre pessoas de ancestralidade africana (especificamente afro-americanos), menos comuns em pessoas com ancestrais asiáticos e cerca de três quartos das dissecções aórticas ocorrem em pessoas de 40 a 70 anos. O seguinte trabalho se objetiva a analisar os óbitos por aneurisma dissecante de aorta no município de São Paulo entre 2013 e 2023 devido a relevância desse quadro epidemiológico. Métodos: O estudo trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Foram analisados dados de mortalidade por aneurisma dissecante da aorta no estado de São Paulo, utilizando o DATASUS via TABNET, considerando as variáveis de cor, sexo, faixa etária e período de 2013 a 2023. Resultados: Analisando os dados coletados entre 2013 e 2023, é perceptível uma variância no número de óbitos entre os anos, sendo 2023 o ano de maior incidência, representando 531 mortes (11,28%). No tangente à cor, os brancos representam o maior número de padecedores (69,18%), seguidos por pardos (19,40%), negros (7,64%), amarelos (2,65%) e indígenas (0,02%). Quanto ao sexo, há mais óbitos do sexo feminino (51,16%) do que do sexo masculino (48,83%). Acerca da variável etária, os mais afetados são aqueles que possuem 75 anos ou mais (33,97%). Conclusões: De acordo com as análises realizadas, o perfil da mortalidade por aneurisma dissecante de aorta no período de 2013 a 2023 no município de São Paulo foi de maior prevalência em brancos (69,18%), mulheres (51,16%), e idosos acima de 75 anos (33,97%). Contudo, foi possível confirmar o perfil epidemiológico de mortalidade apenas na variável idade. Deste modo, a prevalência de mortalidade de mulheres e brancos se contrapõe ao perfil epidemiológico da doença, podendo ser demonstrado por fatores de risco adjacentes. Ademais, é necessário evidenciar que os fatores de risco para essa moléstia - HAS, aterosclerose e tabagismo - possuem alta prevalência na população geral, corroborando a alta mortalidade e ressaltando a relevância do quadro epidemiológico.
