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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PREVALÊNCIA E CUSTO DA INTERNAÇÃO PARA IMPLANTE DE MARCA-PASSO DEFINITIVO EM UM HOSPITAL PÚBLICO SECUNDÁRIO NA CIDADE DE SÃO PAULO

GABRIELA COQUEMALA MEDEIROS, Carlos Gun , Luiz Fernando Avezum do Prado, Diego Ferreira de Andrade Garcia, Arthur Vilar de Oliveira Malheiros
Universidade de Santo Amaro - São Paulo - SP - Brasil, Hospital Geral do Grajaú - São Paulo - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: As bradiarritmias podem ser classificadas em diferentes categorias com base nas características eletrocardiográficas. O bloqueio atrioventricular (BAV) pode ser divididos em três graus: BAV de primeiro grau, BAV de segundo grau (Mobitz I ou Mobitz II) e BAV total (BAVT). No BAVT e o BAV segundo grau Mobitz II, após descartado causas reversíveis, é indicado como tratamento o implante de marca-passo definitivo. A implantação do marca-passo definitivo é realizada em hospitais terciários no Serviço Único de Saúde. Quando indicações eletivas, são organizadas por uma longa fila de espera presente em cada serviço. METODOLOGIA: Conduzido por meio da coleta de dados provenientes do serviço de prontuário dos pacientes do Hospital Geral do Grajaú, que receberam indicação de implantação de marca-passo definitivo no período entre 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022. Para as análises foi utilizado o software estatístico R. Para a apuração dos custos relacionados à hospitalização adotou-se a metodologia de custeio de absorção vigente na instituição. RESULTADO: A população incluiu 23 pacientes, sendo 52,2% (12) mulheres e 47,8% (11) homens. A média de idade foi de 72,2 anos. Apenas 17 deles (73,9%) receberam a implantação do marca-passo definitivo. Avaliando a ocorrência de infecção, 47.8 % da amostra (11 pacientes) tiveram alguma infecção durante a internação. O tempo médio entre a admissão e a solicitação do marca-passo foi de 12,4 dias e 19,7 dias da solicitação até o agendamento. O tempo médio de internação foi de 35,9 dias. O custo total da internação para a implantação, com retorno ao serviço de origem, foi de R$ 96.423,20. Aqueles que implantaram e permaneceram em serviço externo tiveram um custo médio de R$ 91.548,50. A internação dos pacientes com procedimento cancelado teve um custo médio de R$ 43.905,3, enquanto aqueles que foram a óbito tiveram um custo de R$ 33.026,4 (tabela 1). O paciente que desenvolveu infecção apresentou um custo médio de R$ 106.723,23, enquanto aqueles sem infecção um custo médio de R$ 83.617,06. Na tabela 2 podemos ver a estatísticas descritivas da variável Custo Médio pela variável Setor Hospitalar. CONCLUSÃO: A demora no processo de solicitação, agendamento e implantação do marca-passo definitivo está intrinsecamente ligada a impactos negativos na saúde dos pacientes e, por consequência, custos mais elevados. A agilidade na realização do procedimento não só favorece o paciente, mas também alivia o fardo financeiro nos sistemas de saúde, contribuindo para um tratamento mais eficaz e economicamente sustentável.

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