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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Análise do comportamento da capacidade funcional física e pulmonar de pacientes incluídos em estratégia de fluxo de recuperação rápida após cirurgia de revascularização do miocárdio.

Beatriz da Silva Junqueira de Souza, Angela Sachiko Inoue, Vera Regia de Moraes Coimbra, Iana Verena Santana Albuquerque, Kelly Cristina de Oliveira Abud, Rafaella Cunha Nery, Rafael de Moraes Ianotti
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: a cirurgia de revascularização do miocárdio é um procedimento de grande porte e pode levar a complicações que diminuem a capacidade física e pulmonar do paciente. A recuperação pós-operatória envolve cuidados de uma equipe multiprofissional e, neste contexto, a fisioterapia tem papel fundamental atribuído à importância da reabilitação cardiovascular. Considerando que, o tempo de internação hospitalar guarda uma relação linear com a incidência de complicações, estratégias de recuperação cirúrgica rápida surgiram e se expandiram também para área da cirurgia cardíaca. O principal objetivo foi analisar o comportamento da capacidade física e pulmonar e secundariamente, verificar o efeito do seguimento de 4 semanas por Telemonitoramento nos pacientes alocados em um fluxo de recuperação cirúrgica rápido. MÉTODOS: trata-se de um estudo observacional e prospectivo, sendo uma subanálise dos pacientes incluídos no projeto Kamay Trial. Foram realizados o Teste de caminhada de seis minutos (TC6M), Short Physical Performance Battery (SPPB) e Ventilometria, nos períodos pré-operatório, alta hospitalar e retorno ambulatorial após 4 semanas. foi realizada uma sessão de telemonitoramento por semana após alta hospitalar no intuito de educação e progressão dos exercícios e tempo de caminhada. RESULTADOS: na amostra composta por 15 pacientes, houve diminuição da distância caminhada no TC6M entre os períodos pré-operatório (474 m) e na alta hospitalar (381 m) e aumento superior aos valores basais após 4 semanas (520 m) com diferença estaticamente significante (p<0,001). O SPPB teve diferença de 1 ponto após 4 semanas (p=0,038). A capacidade vital lenta (CVL) diminuiu entre os períodos pré-operatório (3,2 L) sem retorno ao valor basal após 4 semanas (2,7 L) (p=0,020). O mesmo ocorreu com a capacidade inspiratória (CI), com redução de 1 L entre os períodos pré-operatório e alta hospitalar (3 L vs. 2 L), com recuperação abaixo do nível basal (2,5 L) no retorno ambulatorial (p<0,001). O Telemonitoramento não demonstrou efeito adicional na capacidade física pelo TC6M (p=0,938), SPPB (p=0,467) e capacidade pulmonar (p=0,740). CONCLUSÃO: a utilização de um programa de fluxo rápido de recuperação pós-operatória demonstrou diminuição da capacidade física e pulmonar, com recuperação acima do nível basal apenas na capacidade física, o telemonitoramento após alta hospitalar de 4 semanas não foi suficiente para demonstrar benefícios.

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