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Miíase em cavidade oral em paciente internado em Unidade de Teapia Intensiva em Hospital Terciário de Cardiodologia

Caique Matheus da Silva, Gabriella Avezum Mariano da Costa, Ana Carolina de Andrade Buhatem , Amanda Macedo , Valéria Cristina de Souza
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Miíase em cavidade oral em paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva em Hospital Terciário de Cardiologia: Relato de caso.

Introdução: a miíase é uma condição caracterizada pela instalação de larvas na pele e na mucosa. Na cavidade oral, a infestação de larvas está associada com fatores, como: higiene pessoal deficiente, doença periodontal avançada, déficit neuropsicomotor e outras condições que causam a perda de autonomia do paciente. Pode ser caracterizada por halitose, desconforto local e sintomas sistêmicos como febre. O diagnóstico é realizado através da observação do movimento das larvas em cavidade oral, o tratamento imediato de remoção mecânica é necessário para impedir a invasão larval em tecidos mais profundas, como envolvimento óssea, ou órgãos vitais como encéfalo. Relato de caso: Paciente gênero masculino, 62 anos com hipertensão arterial sistêmica, doença renal crônica e fibrilação atrial internado na unidade de terapia intensiva em hospital terciário de cardiologia com diagnóstico de sepse de foco pulmonar. Solicitada interconsulta da equipe de odontologia, com sangramento abundante em cavidade oral. Ao exame físico extraoral: acamado, não contactuante, sonda nasoenteral, intubação orotraqueal, limitação de abertura bucal. Ao exame físico intraoral: dentado parcial superior e inferior, presença de cálculo dentário generalizado, acúmulo de secreção sanguinolenta em fundo de sulco gengival lado direito com larvas em movimentação na mucosa jugal, gengiva, língua, palato e dentes superiores e inferiores, com orifício de aproximadamente 0.5cm próximo a orofaringe do lado direito com sangramento ativo. Foi realizada a remoção mecânica das larvas e higienização da cavidade oral com clorexidina alcoólica 0,12%, remoção de coágulos sanguíneos e discussão com a equipe médica para prescrição de Ivermectina. O paciente recebeu acompanhamento odontológico diariamente para melhora da condição bucal sem infestação de larvas com treinamento da equipe enfermagem para manutenção da higiene oral. Considerações finais: o caso apresenta a importância do cirurgião-dentista em ambiente hospitalar para auxiliar no diagnóstico e tratamento odontológico imediato, de forma a promover assistência integral ao paciente, reduzindo possíveis complicações e fornecendo maior qualidade de vida durante a hospitalização.

 

 

 

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