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Ruptura da Parede Livre de VE no Infarto Agudo do Miocárdio

Oliveira, P. P. S. O., Goulart, L. P., Salvatti, N. B., Cangussu, M. I. M., Castro, M. F., Laurino, A. M., Vieira, R. C., Assakawa, F. H., Jatene, F. B., Abreu, B. N. A.
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A ruptura da parede livre do ventrículo esquerdo (RPLVE) é uma das complicações mecânicas do infarto agudo do miocárdio (IAM). Incidência de 1 a 4 % de todos os IAM, evoluem com esta complicação. Embora seja uma complicação rara, a mortalidade associada é alta. RELATO DE CASO: Masculino, 68 anos, obeso, diabético, displipidêmico, hipertenso e coronariopata com infarto prévio. Admitido no pronto socorro do Hospital do Coração de São Paulo com quadro de choque cardiogênico por tamponamento cardíaco, sendo evidenciado derrame pericárdico com repercussão hemodinâmica em ecocardiograma (ECO) inicial. Além disso, visualizado em complementação esofágica, elemento que poderia sugerir dissecção de aorta ascendente. ECG admissional com supradesnivelamento de ST de parede inferior. Evolui com instabilidade hemodinâmica e parada cardiorrespiratória (PCR), sendo optado por pericardiocentese de urgência (drenagem de 150ml de líquido, sem coágulos), com retorno da circulação espontanea após um ciclo. Em seguida, encaminhado para cirurgia de urgência. Em intra-operatório, visualizado hematoma em área de coronária ventricular posterior e região friável com perfuração, sendo feita sutura da região. Evolui em pós-operatório, estável hemodinamicamente, em desmame de vasodilatadores intravenosos. Realizou cinecoronariografia, que evidenciou estenose de 70% em ramo VP/CD e de 80% em ramo DP/CD. Não feito tratamento com angioplastia. Houve reabilitação cardiopulmonar satisfatória e evolui em condições clínicas favoráveis para alta hospitalar após 2 semanas do evento. DISCUSSÃO: A RPLVE em decorrência do IAM é mais comum ocorrer em infartos anteriores ou laterais. Extensão do infarto, ausência de circulação colateral, idade avançada, terapia fibrinolítica e sexo femininos são fatores de risco para tal complicação. A apresentação clínica mais comum é tamponamento cardíaco, o que pode gerar instabilidade hemodinâmica, PCR e alta mortalidade nesse contexto. Exames complementares, como ECO e ressonância magnética são fundamentais para diagnósticos diferenciais e definir melhor estratégia terapêutica. A cineangiocoronariografia auxilia a localizar a área acometida pelo IAM e da ruptura. Esta complicação se correlaciona com alta mortalidade e o tratamento cirúrgico precoce é imprescindível para melhor prognóstico e evolução do caso.  CONCLUSÃO: Embora seja uma complicação rara, a RPLE deve ter diagnóstico preciso e precoce para que haja indicação cirúrgica imediata e evite deteriorização clínica e óbito nestes pacientes.

 

 

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