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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

INCIDÊNCIA DE ANOMALIAS DE ARTÉRIAS CORONÁRIAS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Ana Helena de Meneses Junqueira Costa, Sérgio Beraldo, Sasha Duarte, Ana Clara Muniz, Julia Tenorio , Amanda da Silva, Rebeca Brandão, Maria Eduarda Costa, Ana Carolina Mendes
Faculdade de Medicina INAPÓS - Pouso Alegre - MG - Brasil, Faculdade de Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre - MG - Brasil

INTRODUÇÃO: Anomalias congênitas das artérias coronárias (AAC) incidem em cerca de 1% a 5% da população, dependendo método de diagnóstico1. A embriogênese coronária alterada pode resultar em origens coronárias anormais variadas, usualmente divididas, conforme a classificação proposta por Angelini2, em anomalias de origem e de trajeto; anomalias intrínsecas; anomalias de terminação. Muitas AAC são detectadas como achados incidentais com pouca ou nenhuma consequência significativa, aproximadamente 20% de todos esses achados podem ter um risco potencial de isquemia coronariana levando a infarto do miocárdio, arritmias cardíacas e à morte súbita cardíaca3,4 OBJETIVO: Determinar a incidência e as características anatômicas das AAC em uma população encaminhada para angiotomografia computadorizada (ATC) no sul de Minas Gerais. MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, dos registros de ATC em clínica privada em 8 anos (2016 a 2024), sendo descritos os achados da anatomia coronariana por angiografia em tomógrafo computadorizado com 128 canais detectores Optima 660 CT (GE Healthcare), após reconstruções multiplanares e tridimensionais. RESULTADOS: Foram avaliados 3.702 registros consecutivos deATC de março de 2016 a fevereiro de 2024, encontrando-se 59 casos de alguma anomalia de artéria coronária (prevalência =1,6%), incluídos neste estudo, sendo 36 homens (59,3%). Doença Arterial Coronariana (DAC) calcificada foi associada a ACC, avaliada pelo escore de cálcio (média de 136 ± 324,4 / mediana =4), encontrado 28 casos (47,4%) sem DAC calcificada. ACC mais prevalentes acometeram as artérias coronárias direita (CD) e circunflexa (Cx), com 27 (45,8%) e 20 (33,9%), respectivamente. Apresentaram ACC da coronária descendente anterior (DA) 16 pacientes (27,1%). Classificando as ACC quanto ao trajeto em maligno (inter-arterial) ou benigno (retro-aórtico ou anterior ao tronco da artéria pulmonar), observamos, respectivamente, 21 (35,6%) casos e 38 (64,4%). CONCLUSÃO: O estudo das anomalias coronarianas evoluiu consideravelmente nos últimos anos com novas técnicas de diagnóstico não invasivas, em especial a tomografia computadorizada com multidetectores de artérias coronarias. Nesta população, a incidência de ACC foi de 1,6%, mais frequente em homens, na CD e Cx, e a maioria com trajeto benigno, o que hipoteticamente pode explicar sua boa evolução.

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