Introdução: Profissionais treinados têm melhor desempenho em relação à performance no atendimento de parada cardiorrespiratória (PCR), melhorando o desfecho do paciente. Os dispositivos de feedback têm sido um instrumento eficiente para avaliar a qualidade da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e direcionar melhorias ao atendimento. O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade da RCP de enfermeiros e técnicos de enfermagem por meio de dispositivo de feedback. Métodos: Trata-se de um estudo de delineamento observacional e transversal, do tipo descritivo exploratório, de natureza quantitativa realizado em um hospital quaternário de São Paulo, envolvendo profissionais de enfermagem destinados ao atendimento de adultos em unidades críticas e não críticas. O atendimento simulado de Suporte Básico de Vida (SBV) contou com um manequim Little Anne QCPR® adulto, que possui feedback de RCP por um aplicativo no smartphone, que possibilitou a avaliação do desempenho, das variáveis: compressões com frequência e profundidade adequadas, retorno adequado do tórax, fração de compressão torácica, score de compressões, quantidade de ventilações adequadas e score de ventilações. A avaliação da sequência de atendimento de SBV foi realizada por um checklist. Estatísticas descritivas e inferenciais foram realizadas na análise dos dados e o nível de significância adotado foi 5%. Resultados: A coleta de dados foi realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2023. Participaram 102 profissionais, sendo 38 (37,3%) enfermeiros e 64 (62,7%) técnicos de enfermagem, desses, 61 (59,8%) alocados em unidades críticas e 41 (40,2%) em não críticas. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as classes profissionais, em relação ao reconhecimento da PCR.Considerando as métricas de compressões torácicas, não houve diferença significativa em nenhuma das métricas avaliadas. Nas métricas relacionadas à ventilações adequadas e score de ventilações houve diferença significativa, sendo p=0,000 em ambas as variáveis. Considerando a alocação dos profissionais, em unidade crítica e não crítica, houve diferença entre o valor da profundidade das compressões (p= 0,027), a porcentagem de compressões com profundidade adequada (p= 0,028) e fração de compressão torácica (p= 0,003). Conclusões: Na avaliação das métricas de compressões torácicasentre as classes profissionais, foi demonstrado habilidades semelhantes. Entretanto, por mais que tenham apresentado diferenças estatísticas relacionadas à ventilação, as métricas ficaram abaixo do esperado para serem consideradas adequadas.