Introdução: A principal etiologia do infarto agudo do miocárdio (IAM) é a doença aterosclerótica, que pode gerar obstrução de uma ou mais artérias coronárias, causando redução do fluxo sanguíneo para o miocárdio. Tal cenário pode gerar isquemia cardíaca, prejudicando o funcionamento cardíaco. De acordo com a epidemiologia e a fisiopatologia do quadro percebe-se a existência de fatores de risco não modificáveis, como a idade, na qual a faixa etária maior de 55 anos em homens e 65 nas mulheres tem maior risco, e modificáveis, como fatores estressantes, alimentação inadequada, sedentarismo e tabagismo.
Método: Trata-se de um estudo quantitativo e comparativo que analisou o número de internações por infarto agudo do miocárdio provocado por doença aterosclerótica nos municípios de Teresópolis e do Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos através de busca realizada no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando as internações realizadas de 2020 a 2023 diferenciadas de acordo com a faixa etária.
Resultados: Analisando os dados obtidos fora observado discrepância na incidência do IAM na cidade do interior do Rio de Janeiro em relação a capital do estado, que conta com um número maior de internações. No ano de 2023, a capital apresentou 5332 casos, sendo 0,89 para cada mil habitantes, contra 98 casos em Teresópolis, quais sejam 0,54 para cada mil habitantes. Os dados acima consideraram o número populacional atualizado de 2023 e a diferença de quase dobro demostra que uma metrópole pode apresentar condições mais favoráveis ao desenvolvimento de mais fatores de risco modificáveis, como estresse, dificuldade em aderir a uma rotina de exercícios físicos e alimentação adequada. Em 3 anos, o total de internações na capital foi de 15.142 contra 284 no interior. Outrossim, considerando o fator idade, restou notório se tratar de um predisposto importante em ambas as regiões, tendo sido observado em 2023 na cidade de Teresópolis 5 casos de internação de passoas com 40 anos, contra 15 internados com 50. No mesmo ano na capital os números foram de 495 contra 1225 casos o mesmo seguimento.
Conclusão: Portanto, o infarto agudo do miocárdio associado à aterosclerose configura uma importante causa de mortalidade nas cidades analisadas, se mostrando ainda mais preocupante nas grandes metrópoles em razão da acentuação dos fatores de risco modificáveis, com índices mais elevados acima de 50 anos. Dessa forma, torna-se imprescindível a conscientização e promoção da saúde e qualidade de vida, diminuindo consequentemente os casos da doença.