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Experiência inicial em cirurgia minimamente invasiva da valva aórtica com os acessos miniesternotomia em L-invertido e minitoracotomia anterior direita

Elinthon Tavares Veronese, Carlos Manuel de Almeida Brandão, Fabrício José de Souza Dinato, Flávio Tarasoutchi, Pablo Maria Alberto Pomerantzeff, Fábio Biscegli Jatene
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Objetivo: Descrever a experiência inicial em cirurgia cardíaca minimamente invasiva em pacientes com valvopatia aórtica isolada.

 

Método: Entre 2016 e 2023 foram realizadas 62 cirurgias minimamente invasivas da valva aórtica utilizando a miniesternotomia em L-invertido ou minitoracotomia anterior direita como vias de acesso. Foi utilizada a tomografia computadorizada de tórax pré-operatória para definição da via de acesso, de acordo com a dextroposição e a profundidade da aorta em corte transversal na altura da bifurcação da artéria pulmonar. Foram incluídos pacientes adultos de baixo risco cirúrgico e com valvopatia aórtica isolada. Forma critérios de exclusão: cirurgias de urgência/emergência, disfunção ventricular esquerda grave (FEVE>30%), reoperações, presença de fibrilação atrial, endocardite ativa e anormalidades da parede torácica. A idade média dos pacientes foi de 40,8 anos e 45 pacientes (72,6%) eram do sexo masculino. Conforme critérios ecocardiográficos, 54,8% dos pacientes apresentavam estenose aórtica ou lesão valvar mista. Vinte e oito pacientes (45,2%) encontravam-se em classe funcional III. O Euroscore2 e o STS foram, respectivamente, 0,71 e 0,65. 

 

Resultados: A miniesternotomia foi a via de acesso utilizada em 55 pacientes (88,7%). Os tempos médios foram de 310 minutos de cirurgia, 110 minutos de circulação extracorpórea e 75 minutos de anóxia cardíaca. Em 48 pacientes (77,4%) a escolha foi por bioprótese. As perdas sanguíneas aferidas no intraoperatório e na drenagem de 24 horas foram, respectivamente, de 348mL e 210mL. Oito pacientes (8,1%) precisaram de transfusão de hemácias durante a cirurgia e 01 paciente (1,6%) necessitou de transfusão de hemácias durante a internação. Um paciente (1,6%) foi submetido à re-abordagem por sangramento pós-operatório imediato e 01 paciente (1,6%) foi a óbito em função de síndrome vasoplégica. Não foram registrados nenhuma complicação vascular ou neurológica maior. O tempo médio de ventilação mecânica pulmonar foi de 7,2 horas. Conforme escala verbal numérica para aferição de dor na incisão cirúrgica, foi referida como 3,7 no primeiro dia de pós-operatório e como 1,4 no dia da alta hospitalar, sem diferença entre ambos os acessos utilizados.

 

Conclusão: A cirurgia cardíaca minimamente invasiva para valvopatia aórtica isolada em pacientes de baixo risco cirúrgico é segura, com baixa incidência de complicações pós-operatórias.

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