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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A INFLUÊNCIA DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA SOBRE O METABOLISMO MUSCULAR DA CREATINA QUINASE EM ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTEBOL

Rodrigo Kallas Zogaib, Alef Pinheiro, Daniel Padilha , Guilherme Coimbra, Marcos do Nascimento , Ricardo Nobre, Mauricio Zenaide, Leandro Masini, Caroline Teixeira
Santos Futebol Clube - Santos - SP - Brasil, LAFES - UNISANTA - Santos - SP - Brasil

O treinamento físico vigoroso afeta as relações dos sistemas corporais para transferência de energia alterando acentuadamente o desempenho do trabalho mecânico na contração muscular e produção de marcadores bioquímicos que limitam a performance de atletas profissionais. Estudos sugerem influência da participação do sistema oxidativo na cinética da ressíntese da creatina fosfato pela enzima creatina quinase (CK) e que a recuperação dessas variáveis metabólicas após o estresse físico é dependente da capacidade oxidativa do músculo esquelético. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a relação entre o consumo máximo de oxigênio (VO2pico) e a concentração da Ck durante o período da pré-temporada.  A amostra foi composta por 29 jogadores profissionais de futebol, no período da pré-temporada, com idade média de 26±6 anos. Os atletas realizaram avaliações bioquímicas (concentração de CK, por meio de coleta de sangue e análise laboratorial) e cardiorrespiratória, (através da ergomespirometria, realizada em esteira ergométrica em protocolo de rampa, com analisador de gases e monitorização das variáveis cardíacas) no departamento de fisiologia do exercício do Santos Futebol Clube (SFC). Os indivíduos foram divididos em tercis de acordo com o VO2pico e a concentração de CK sanguínea determinada em cada um dos tercis. O teste de KolmogorovSmirnov foi utilizado para analisar a distribuição dos dados e análise de regressão pelo método stepwise, demonstrando que a variável CK foi influenciada pelo VO2pico (R2 = 0,57, p < 0,002). Não houve diferença de idade e índice de massa corpórea (IMC) entre os grupos: Idade = (Tercil 1 = 25±5,2; Tercil 2 = 27±5,7; Tercil 3=25±61,4); IMC = (Tercil 1 = 24,4±1,5 kg/m².; Tercil 2 = 24,1±1 kg/m².; Tercil 3 = 24,2±1,1 kg/m²). Como esperado, houve uma diferença significativa em relação ao VO2pico (Tercil 1 = 43,4±0,5 kg/m².; Tercil 2 = 50,1±1 ml.kg.min; Tercil 3 = 55,2±1,1 ml.kg.min). Os dados referentes as concentrações de CK apresentavam concentrações significativamente menores no grupo Tercil 3 quando comparados aos outros dois grupos (Tercil 1 = 351,1±85, Tercil 2 = 320,3±81, Tercil 3 = 183,3±84, p<0,001). Concluímos há uma relação inversa entre o VO2pico e a concentração de CK muscular, refletindo que a maior aptidão aeróbia pode promover efeito protetor contra a fadiga muscular esquelética por incrementar a eficiência do metabolismo energético muscular.

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