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DETEÇÃO DE ANORMALIDADES CARDIOLÓGICAS COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UMA ABORDAGEM INOVADORA PARA PRIORIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO EFICIENTE A PARTIR DE ELETROCARDIOGRAMA

Fabiano Filho, Marlon Woelffel Candoti, Eduardo Mikio Sassaki, Eric Bezerra de Sousa, Diandro Marinho Mota, Rafael Altoé Chagas, Gustavo W. Kuster, José Henrique Lopes, Mariana Almeida, Luiz Paiva
NEOMED - São Paulo - São Paulo - Brasil

 

INTRODUÇÃO
A detecção precoce de doenças cardiovasculares desempenha um papel fundamental no suporte clínico e na melhoria dos desfechos para os pacientes. O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta crucial neste contexto, pois oferece uma visão instantânea e não invasiva da atividade elétrica do coração. A interpretação rápida e precisa dos sinais do ECG é essencial para identificar anormalidades cardíacas, possibilitando intervenções precoces e personalizadas. Este estudo visa a validar um modelo de inteligência artificial (IA) projetado para realizar a classificação de anormalidades eletrofisiológicas através da detecção de sinais cardíacos no ECG.

 

MÉTODOS
A partir de dados de saúde de diferentes estados brasileiros dos últimos 3 meses de 2023, foram coletados ECGs, que foram submetidos a um rigoroso pré-processamento, incluindo padronização do sinal e aplicação de técnicas de aumento de dados. Com os sinais processados, as diferentes métricas analisadas nos ECGs tiveram seus valores confrontados com os estabelecidos como normais e anormais conforme as III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre a análise e emissão de laudos eletrocardiográficos.


RESULTADOS
Em relação à amostra, a idade média foi de 52,1 anos. Aqueles com anormalidades tinham média de 53,1 anos, enquanto os sem anormalidades tinham, em média, 46 anos. Quanto ao gênero, 45% eram homens (20.816), e 55% eram mulheres (25.628). As anormalidades que a rede neural mais apresentou falha de classificação foram: atraso final de condução (213, sendo 21,8% dos falsos negativos), eletrocardiograma normal (120, 12,3% dos falsos positivos), distúrbio da condução do ramo direito (118, 12,1% dos falsos positivos) e alteração difusa da repolarização ventricular (117, sendo 12,0% dos falsos positivos). Com os resultados mais atuais, de um trabalho de 2 anos apoiando cardiologistas, a performance da IA exibiu uma área sob a curva ROC de 0.75 com a abrangência de 46.444 ECGs com uma ampla gama de diagnósticos cardiovasculares. Destaca-se ainda a elevada sensibilidade de 0.96, consolidando sua relevância como uma ferramenta significativa para a triagem de casos normais.

 

CONCLUSÕES
O modelo de IA apresentou métricas satisfatórias para identificação de ECGs com padrão normal, demonstrando o potencial de aplicação desta tecnologia para a otimização do fluxo de exames de pacientes em investigação de anormalidades cardiológicas.

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