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HEARTEMATE: MANEJO DE INFECÇÃO DE DRIVELINE ABORDAGEM ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURA

TALITA FRANCO SILVEIRA, BARBARA REIS TAMBURIM, Caroline Russo Ferreira, Alexandre de Matos Soeiro, Bruno Biselli, Viviane Fernanda Angeline Duarte, Juliana Mendonça Duarte, Priscila Maria Gabos, Silmara Tavares Fernandes Yamaguti, Camille Karolina Perin de Sá
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Fundamento: Devido ao avanço tecnológico o implante de dispositivo de assistência ventricular (DAV) de longa permanência é uma realidade em nosso País, beneficiando assim ao decorrer dos últimos anos muitos pacientes que foram indicados a está terapia, tornando o DAV uma ferramenta importante para o tratamento da Insuficiência Cardíaca (IC) avançada. Entretanto, juntamente com os benefícios do dispositivo, vem os desafios relacionados ao manejo da terapia, entre elas destaca-se a principal complicação que é a infecção do driveline com incidência estimada entre 15 à 25% dos casos. Objetivo: Descrever o tratamento utilizado para o manejo e tratamento de uma infecção de driveline por Pseudomonas aeruginosa Multi-S / Mycobacterium abscessus. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 71 anos após seis meses do implante do dispositivo queixa-se de presença de dor, rubor, calor e aparecimento de secreção amarelada na saída do óstio do driveline. Na chegada ao hospital realizado hipótese diagnóstica de infecção de driveline com coleta de swab da secreção local e iniciado antibiótico empírico até resultado de cultura, além de optado da troca da cobertura do curativo para alginato de prata, durante internação paciente evoluiu com piora clínica e dos exames laboratorial com resultado de cultura indicando infecção por: Pseudomonas aeruginosa Multi-S e Mycobacterium abscessus -> sub. massiliense ambos sensível a Amicacina e Claritromicina. PET CT evidenciou extensa áreas focais hipermetabólicas por toda extensão do cabo do driveline. Após discussão multidisciplinar optado por realizar tratamento inicial com abordagem cirúrgica para limpeza do cabo e utilizado uma técnica inovadora com realocação intra-abdominal e transposição omental para auxiliar na absorção dos antibióticos, em seguida iniciado tratamento com a utilização de terapia de pressão negativa com instilação de PHMB para revitalização do tecido por mais sete semanas. Ao final do tratamento proposto paciente evolui com melhora clínica, laboratorial e posteriormente aumento da qualidade de vida em contexto ambulatorial.Conclusão: A infecção do driveline é uma complicação muito comum após implante do DAV, por este motivo é essencial reconhecer os sinais precoces de infecção para correto diagnóstico e tratamento, evitando assim maiores complicações, tais como: perda do dispositivo. Investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento para os algoritmos de tratamento destas infecções são essenciais para nortear a prática clínica e aumentar a taxa de efetividade dos tratamentos utilizados. 

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