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Eventos tromboembólicos em mulheres com câncer: coorte retrospectiva

Vivian Cristina Gama Souza Lima , Karla Biancha Silva de Andrade , Jheimson da Silva Lima , Patrícia dos santos Claro Fuly , Vivian Gomes Mazonni , Adriana Maria de Oliveira , Natalia Beatriz Lima Pimentel , Gilza Pereira Silva Godim , Paulo Jorge Pereira Alves
INCA - RJ - RJ - BR, UERJ - RJ - RJ - Br, UFF - NIT - RJ - Br

O câncer é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo e ao longo da pandemia da COVID-19, pacientes com câncer foram acometidos por esta infecção, somando-se assim mais um risco para a saúde. Sabe-se que tanto o câncer quanto a COVID-19 aumentam as chances de trombose e o risco de óbito e que a associação entre o câncer ginecológico e a presença de TEV tem sido observada na prática clínica. Objetivos: Descrever as características clínicas de mulheres com câncer e eventos tromboembólicos no segundo ano da pandemia. Método: Estudo de coorte retrospectiva, realizado através de coleta de dados em prontuários de pacientes do gênero feminino, adultas, com câncer e diagnóstico de evento tromboembólico, atendidas num hospital de referência em oncologia no Rio de Janeiro durante o segundo ano da pandemia. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética conforme pareceres nº 4.486.636 e 4.509.083. Resultados: Das 192 pacientes incluídas, 12% (23) apresentaram resultado positivo para COVID-19. Prevaleceram pacientes de cor branca (136 - 71%), com média de idade 56 anos, com média de 9 dias de internação, chegando até 38 dias. A comorbidade mais prevalente foi a hipertensão (43-22%), seguida da diabetes (18 - 9%). Os tumores mais prevalentes foram ginecológicos (66 – 34%), mama (29 – 15%) e gastrointestinais (28 – 14%). A TVP esteve presente em 100% das pacientes e 2 (1 %) evoluíram com embolia pulmonar. A taxa de óbito nesta população foi de 52% (100) e das pacientes que foram a óbito, 100% possuía câncer em tratamento e 40% (77) realizou quimioterapia e apenas 2% teve diagnóstico positivo para COVID-19. Conclusões: Revelou-se um perfil de mulheres com diversos fatores de risco para complicações relacionadas ao câncer e à trombose, além de alta taxa de óbito. Este resultado torna-se um norte não somente para o enfermeiro, mas para toda equipe de saúde no gerenciamento do cuidado da mulher com câncer e eventos tromboembólicos. Sugerem-se estudos de associação que revelem os principais fatores relacionados às complicações, a fim de direcionar o gerenciamento desse cuidado.

Descritores: Enfermagem cardiovascular; Neoplasias ginecológicas; Trombose; COVID-19.

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